SDP e Grand Fable of Persia

31 março 2007

Rapidinha número 1:

Como a maior parte de vocês deve saber (o tórax, rá!), o primeiro trailer de GTA IV (PS3, Xbox 360) foi divulgado ontem à noite. Caso vocês ainda não tenham visto, sua fonte de notícias atrasadas e previews pós-lançamento, o No Controle, vai linkar aqui o vídeo que a galera do Herói já tinha upado no YouTube na hora em que ele foi liberado.

Bom, eu não sei se posso deixar o vídeo aqui, se tem aqueles esquemas de permissão e tal. Mas caso haja algum problema, favor avisar que eu tiro. De qualquer modo, você pode ver o trailer no site oficial da Rockstar.

No vídeo, uma voz com um sotaque carregado fala, enquanto passam pontos turísticos de NY pela tela: “A vida é complicada. Eu matei pessoas, contrabandeei pessoas, vendi pessoas. Talvez aqui as coisas serão diferentes.” Ou algo assim.

Se esse post tivesse saído ontem, ele estaria cheio de suposições erradas sobre o protagonista ser árabe/iraniano e o diabo a quatro, e alguns temores e alegrias que eu tinha quanto ao fato do próximo jogo da Rockstar tocar na ferida dos problemas enfrentados por esse pessoal nos EUA. Mas o cara é russo, então ainda bem que eu não postei ontem.

Ou ao menos é o que os gringos em geral tão dizendo. Disseram que é sotaque russo. Apesar de que só agora me liguei que a cada F5 na página de GTA IV na Wikipedia a informação tá diferente. Hoje de tarde o nome do cara era “Sergei Ulianov” ou algo assim, agora já não cita nem o sotaque. Então ainda não há nada confirmado.

Vai saber. Quanto à cidade eu chutaria a própria Nova York, mas o pessoal tá dizendo que é Liberty City mesmo. Não vou me estender porque sei tanto do jogo quanto vocês: vi o trailer. Então façam suas suposições porque de minha parte ainda há só dúvidas.

Rapidinha número 2:

Ainda falando de vídeos, um teaser delícia de Fable 2 (Xbox 360) para vocês. Foi lançado em 2006 ainda, mas eu tinha esquecido de colocá-lo nesse outro post.

Rapidinha número 3:

Há algum tempo a Ubisoft falou de um suposto Prince of Persia 4. Quando Rival Swords (versão de The Two Thrones para Wii e PSP) foi anunciado tomou-se como certo que essa era o tão esperado quarto título da série atual. Isso até algum funcionário mal-pago deixar vazar um arquivo com imagens conceituais do que seria um Príncipe reformulado (provavelmente outro), um logo lindeza e uma mulher branca.

Parêntese aqui. Isso é um detalhe interessante desses jogos. Em The Sands of Time tínhamos Farah, a garota tipicamente indiana, e o príncipe da Pérsia, com sotaque correspondente a alguém daquelas bandas. Em Warrior Within temos um príncipe cool, sem preocupação nenhuma em parecer árabe, falando “ya bitch stfu”, e duas gostosas caucasianas ou qualquer coisa parecida.

Pode ser uma idéia tonga minha, mas eu atribuo isso à crescente rixa dos EUA com o Irã. Ou vocês nunca pensaram no porquê do Príncipe não ter nome? Tudo bem que o desenvolvimento é francês, mas será que o povão americano, pessoal que mais deve “consumir games”, jogaria numa boa um jogo onde você tem a cara do Ahmadinejad e se chama Mohammed Abdulah?

Então dessa vez temos uma virginal moça loira e um príncipe bombadão à Rocky vestido de ninja na arte conceitual do próximo jogo. A menina tem um olho na mão, de onde sai algum tipo de magia zinferno como a do logotipo. E o olho tá também nas calças do Príncipe em uma das fotos, a não ser que o sono e meus 9 graus de miopia estejam me enganando. Confiram por si próprios:

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Pra mim a trilogia das areias do tempo atingiu o ápice do enredo relacionado a príncipes persas e calabouços maus, mas isso porque teve um impacto desgraçado com SoT, em 2003, e porque eu sou fã de viagem no tempo e dos paradoxos que decorrem dela. Então sinceramente não sei o que fariam nesse novo jogo, ou nova trilogia, que pudesse deixar o mundo surpreso outra vez. De qualquer forma, tô doido pra saber qual é a da faísca azul.

Rapidinha número 4:

O No Controle apareceu na SuperDicas Playstation! Vocês devem imaginar a alegria do Gui quando um coleguinha sagaz recortou as cinco linhas de seu exemplar da edição 45 em plena aula de Química e começou a gritar feito um porco para o professor que Gui não ia mais estudar, porque tava famoso. E também devem imaginar a minha alegria quando ele me contou tudo isso e minha perna ficou exatos quatro minutos sem parar de se mexer enquanto eu esperava por mais informações sobre o que falaram de nós. Aí eu comprei a revista e vi que não é bem o tipo de coisa de se mostrar pra mãe. Mas a gente mostrou pra mãe. E a mãe falou “blog?”

À(s) pessoa(s) da Futuro que lê(em) nosso humilde site, muito obrigado mesmo pela força. Quero que saibam que admiramos muito o trabalho de vocês e que também somos seus fãs 😀

[UPDATES]:
Rapidinha número 5:

Lembram do post cheio de especulações de gosto duvidoso quanto ao futuro de Zelda? E lembram que eu tava namorando a idéia do próximo jogo se passar no futuro, com skull kids cyberpunk e Link estilosão cavalgando naves?

O post de hoje do Hadouken mostra uma provável piada de primeiro de abril do Wii.tv: um vídeo com artworks e informações sobre o que seria o novo Zelda. Tudo futurista, no melhor estilo FF VII: Advent Children, mas com desenhos priorizando o cenário. Ou seja, nada de gorons com braços cibernéticos.

Apesar da idéia ser basicamente a mesma, não é exatamente como eu tinha pensado. Tem uns artworks que parecem xerocados de Star Wars: The Force Unleashed. Vale a olhada (e, no meu caso, a sonhada).

Li também que GTA IV vai se passar mesmo em Nova York, e não em Liberty City, como eu tinha chutado aqui nesse mesmo post. Tá até dando confusão porque as autoridades novaiorquinas dizem que um jogo desses não corresponde à realidade criminal da cidade, e que eles não têm o direito de fazer isso. Claro, claro. Já Turistas é “just a movie, br ppl ^^”.

De duas uma: ou eu largo o NC, mudo meu nome pra Pai Diná e saio cobrando por previsões gamísticas, ou eu passo a escrever “de acordo com minhas fontes” no começo dos chutes pra fazer de conta que é informação confiável.

Rapidinha número 6:

O amigo Xis fez um mini-banner lindezinha pra gente. É daqueles pra você colocar no seu site pra linkar a gente. Isso se seu site suportar essas imagenzinhas no “blogroll”, nem sei se dá no wordpress. Mas com sorte seu site nem é no wordpress, aí você pode nos linkar sem remorso.

Brigadão, Xis 😀


Resenha – God Hand

28 março 2007

Depois de sofrer um acidente que deixou-me fisicamente parecido com o Lipe, volto para resenhar aqui um game que há tempos quero mostrar!

God Hand

Idioma: Inglês/JaponêsLogo =)
Gênero: Beat’em Up
Produtora: Capcom/Clover Studio
Plataforma: Playstation 2
Jogadores: 1 Player

Se fosse pra seguir a minha lógica, o primeiro game a ser resenhado normalmente seria um épico. Podia começar falando sobre o espetacular Metal Gear Solid – The Twin Snakes, ou talvez do game-arte Okami, ou mesmo de um mais antigo, como The Legend of Zelda – Ocarina of Time, que é considerado por muitos o melhor jogo de todos os tempos.

Mas não, ao contrário disso vou resenhar aqui um game não muito famoso, feito nas coxas até (tanto que tirou 3 na IGN, vai entender), mas que com certeza merece sua atenção. O motivo é simples: o game é – implicitamente – uma crítica. Deixe-me explicar:

O game não tem história boa, é completamente repetitivo e como se não bastasse, só tem pancadaria, nada de puzzles, nada de coisas para se fazer depois de fechar o jogo, nada além de golpes variados em beiços variados e alguns extras bobos. Obviamente a primeira impressão que passa é que o game é uma bosta. Mas pense comigo, como eram os games antigamente? Assim ó: “Ei, você, vá lá e quebre os caras, NÃO DISCUTE E VAI!”, e assim você saía pelas ruas moendo pessoas, sem grandes objetivos e se divertia pra caramba! E hoje, o que são os jogos? Tem gente que ultimamente chama os game de arte, eu não discordo. Uma história detalhada, com uma trama digna de ser comparada com livros, enigmas quase sem solução, jogabilidade complicada, com vários termos, items, funções, tudo isso pra que alguma página gringa dê uma notinha acima de sete ao game. Muitas vezes o game nem é tão divertido, o que acontece com Xenosaga. Longe de mim dizer que Xenosaga é ruim, pelo contrário, eu considero o game um marco, mas a função de “game” ele nem faz tão bem assim, é exatamente como consideram: um misto de filme com jogo. E assim têm sido muitos jogos atuais.

E é aí que entra God Hand.

Considero o game uma crítica exatamente por ir pela direção contrária da maioria dos games atuais, pisando na história com gosto e focando-se na diversão, ignorando completamente o roteiro minucioso, deixando de lado a jogabilidade quase tão complicada quanto a de um RTS, cheia de atalhos, e muitas vezes o game não se leva a sério, o que dá um humor todo especial ao game (quem já viu os nomes dos Poison Chiuauas que o diga!). E acredite, tudo isso funciona e é muito divertido!

A história do game é a seguinte: Você é Jin, um rapaz com seus vinte e poucos anos com habilidade excepcional em luta, que um dia estava andando pela rua quando viu uma garota sendo atacada por vândalos. Mais que automaticamente, Jin correu para puxar briga com algum desconhecido salvar a garota. Acontece que os malvados conseguem pegá-lo, e arrancam seu braço. Jin, por algum motivo qualquer e completamente irrelevante, recebe o God Hand, um braço que quando ativado dá ao usuário poderes do caralho, que serão usados basicamente para bater em alguém. Jin descobre que a garota que o salvou chama-se Olivia, e agora ela fica incentivando-o a salvar sua pele de uma organização que está atrás da God Hand, essa organização tem um membro que se chama Devil Hand, e assim que você vê-lo, vai sacar que ele é o chefão. Pronto, é o suficiente para que você tenha cerca de dez horas de diversão contínua por entre os mais variados estágios. A parte boa de uma história assim é que ela não precisa ser séria, e são constantes as cutscenes engraçadas, que arrancam um sorriso até mesmo de gente mal-humorada. E na maioria das vezes elas são a mesma coisa: o Jin chegando, reclamando da God Hand para Olivia, a qual ergue um machado (o que te faz chegar à conclusão que ela é forte. Até por que pra carregar peitos iguais aos dela por aí, ela tem que ter no mínimo a força do Jack Bauer) e ameaça cortar a God Hand se Jin continuar a reclamar. Enfim, como dito antes, a história não é o forte do jogo.

Gráficos

Começando agora a parte técnica…gráficos. Talvez por ser um game lançado no fim do PlayStation 2, ou por pura dedicação do Clover Studio (aquele que virou Seed, lembram?), God Hand tem gráficos acima da média. Melhores que Devil May Cry, por exemplo, porém com alguns problemas como paredes invisíveis, texturas e cenários repetitivos, assim como os inimigos. O que muita gente não entende é que os designers do game sempre têm dor de cabeça na hora de definir esses detalhes, veja bem: Um dos objetivos é claramente homenagear os games de pancadaria estilo Streets of Rage, e uma das características desse tipo de jogo são os inimigos. Normalmente existe um número X de inimigos, por exemplo, um magrelo de cabelo espetado que ataca com uma faca. Em TODAS as fases você irá encontrar um inimigo assim, só que adaptado ao cenário, se a primeira fase passa no faroeste, o inimigo irá vestir-se de acordo com a época, se a segunda for um cenário futurístico, o inimigo pode ser um Cyborg, porém sempre do mesmo jeitão: magrelo, cabelo espetado e usando uma faca. E é isso que acontece em God Hand. A primeira fase mostra um gordão com roupas de faroeste, na segunda fase (cujo tema é “quase” circo), o gordão tá vestido de palhaço. Eu vi muita gente reclamar disso com argumentos do tipo “deviam usar o hardware do console pra diferenciar”, mas eu tenho certeza que se fosse assim, o game não teria toda essa peculiaridade.

As paredes invisíveis nós temos em muitos jogos, até mesmo mascaradas (como em The Legend of Zelda – The Wind Waker), o que já não é um problema tão grande, as texturas nós entendemos, até por que todos sabemos que o PlayStation 2 não é tão poderoso assim. Mas claro, temos a parte boa também! Os personagens são extremamente realistas, e apesar da física porca, os golpes são bem feitos, os efeitos são divertidos, o cenário é bem agradável e as cutscenes fazem sua parte. Concluindo, combinam com o game, ótimos. =)

Som

Não há muito o que falar, é simples porém cumpre bem o papel de um beat’em up. Sons de socos, chutes, uis e por aí vai. O game é dublado, e a dublagem é muito bem feita, as vozes combinam com as personagens, ou seja, imersão total. A música varia, basicamente é aquele peculiar rockzinho de games. Algumas partes do jogo trazem efeitos sonoros estilo Atari, mas claro, só em partes bem escolhidas. Fique tranqüilo, você não irá ouvir “Space Invaders Theme” enquanto soca um chefão.

Jogabilidade

Aqui o game se destaca. Quanto à câmera, ela tem elementos de RE4 e de God of War. No primeiro caso, rouba o “estilo câmera por cima do ombro”, mostra mais ou menos o personagem de lado e o inimigo, vide foto ali em baixo, ó. A terceira. Já do segundo, God Hand rouba aquele esquema de que você não controla a câmera, e usa o analógico direito, que supostamente deveria ser usado pra ajustar a câmera, para fazer movimentos de esquiva. Depois entram os golpes, é o seguinte: você usa um botão para socar, outro para defender, e outro para chutar, você normalmente tem um combo, que você pode alterar e melhorar no decorrer do game. A variedade aqui é imensa: golpes de Kung Fu, de boxe, briga de rua, tem de tudo, desde um soco direto no nariz de um aleatório puto qualquer até chutes minuciosamente executados visando o septo do adversário, isso tudo passando por voadeiras/voadoras/golpe idiota pulando e usando a porcaria do pé para machucar, rasteiras e “ataques carregados”, aqueles que você segura o botão do golpe por um tempo e depois solta.

O God Hand é o braço direito do Jin. Literalmente, porra, não foi trocadilho!
Ao socar inimigos, uma barrinha vai enchendo, assim que ela é completada (ou começa a brilhar), você pode liberar o God Hand, e ao fazê-lo sua velocidade irá aumentar pra caramba e os golpes sairão um pouco mais fortes. Assim que a barrinha chegar no fim, o braço volta ao normal. O game também conta com alguns ataques especiais, usando o sistema “Roulette”. Aqui você terá vários golpes que utilizaram umas bolinhas que você tem em cima de sua vida. Alguns ataques usam duas, até três dessas bolinhas, e se você pensar um pouco, chegará à conclusão de que quanto mais bolinhas, mais forte é o ataque. Uau. Tem o esquema de “level” também, mas não é aquela droga que você tem que matar vááários inimigos só pra pegar um level permanente, o esquema é melhor; Você começa em todas as fases no nível um, após socar alguns caras, seu nível vai subir, e à partir daí seus golpes serão mais eficientes, vai até o nível “Death”, que é basicamente o nível 4, onde você será bem fortinho!
Se você apanhar demais, o nível diminui. É realmente boa a jogabilidade.

Extras

Esses extras eu considero importantes. Sempre que alguém joga por muito tempo um game, ou espera um desafio diferente, pra mudar um pouco a rotina, ou é autista. E aqui entram os extras.

Não é bem “extras”, são alguns mini-games que o game traz que…são algo à parte. Aqui entram simplesmente joguinhos de cassino, batalha de arena, shop e a grandiosa, estupenda, fenomenal, corrida de chiuauas. Vou explicar todos. Entre os capítulos você pode ir pra uma cidade, um lugarejo onde encontrará três coisas: o Shop, onde compra upgrades e técnicas, o Casino, onde você joga pôquer, roleta e afins para ganhar dinheiro, e os dois mais importantes: Arena e Poison Chihuahua Race. Na Arena, cujo nome é auto-explicativo, você irá lutar com inimigos dentro de uma arena, existem vários níveis, condições e tal, aqui o objetivo também é ganhar dinheiro. Agora a Chihuahua Race. Neste caso, é algo bem semelhante à corrida de cavalos, você aposta em um deles e fica na esperança que o seu escolhido ganhe. É de fato divertido você ter algo além de pancadaria pura, além das coisas serem engraçadas demais aqui. Um chiuaua, por exemplo, chama-se “BOOM HEADSHOT”, outro se chama “Norris’ Beard”, tem muito nome engraçado! Confesso ter ficado mais de uma hora na Arena, ou no Chihuahua Race, o que normalmente faria você pensar que é divertido. E é mesmo!

Replay

Ah… infelizmente, aqui o game decepciona. Assim que fechei o jogo, meti o disquinho no porta-CDs e nunca mais toquei. Durante a primeira jogatina, o jogo é demais de viciante, você joga SÓ ele até fechar, poucos games conseguem isso, mas não é nenhum MGS, que faz algum nerdzinho enrustido jogar o mesmo game até o fim oito vezes, só pra ver todos os extras, e alguns mais de uma vez.

Conclusão: Olha…sinceramente, aqui eu acho que vai de cada um. O game é bom, de fato, talvez eu ache isso pelo amor que tenho pelo Clover Studio, ou talvez simplesmente eu tenha ido com a cara do game, não sei explicar. Portanto eu facilmente consideraria Must Play, porém sendo bem crítico, é um Dá pra alugar. Bom…vou ficar em cima do muro mesmo: Jogão!

Recomendo pra todos que curtem um bom jogo pra descontrair e fugir daquele enredo confuso de Baten Kaitos ou afins!

Screens_____________________________

O cara que voou ali em cima 'cabou de tomar um soco seu.

Quando a Roulette é ativada.


O último Zelda tal qual o conhecemos?

26 março 2007

Gui tá com uma resenha quase pronta desde sexta-feira, mas foi atropelado por um caminhão e perdeu as duas pernas, a metade direita do rosto, todos os dentes, os rins e o mindinho da mão esquerda. Como ele usava esse dedo pra apertar Shift, e sendo Caps Lock um porre, não tem post pra vocês ainda.

Enquanto isso, falemos de Zelda.

Não achei as fontes necessárias, mas li em uma EGM que Miyamoto afirmou que Twilight Princess seria o último Zelda nos padrões atuais. Caso alguém saiba onde o cara disse e tenha um link, favor postar nos comentários. Essa declaração do Mestre me deixou meio encucado por uns dias. A primeira imagem que me veio à mente foi um jogo de minigames, algo como “Tingle Party” ou “The Legend of Zelda: The Harp of Infinite Fun”, o que me deixou com medo, bastante medo.

Depois meio que esqueci disso. Ontem, jogando Majora’s Mask, o assunto me veio de novo à mente quando peguei o arco-e-flecha pela primeira vez. Pensando um pouco, notei que até agora todo Zelda segue essa estrutura: pegue o bumerangue e o arco-e-flecha nos primeiros templos, resolva os puzzles envolvendo bumerangue e arco-e-flecha, exploda bombas, colecione corações, encontre as fadas, consiga as quatro garrafas, por aí vai. Não que eu esteja reclamando, pra deixar bem claro. Até hoje fui fã desse sistema de jogo.

Mas pô, de vez em quando tem que inovar. Digamos que a série não tivesse ido pro mundo 3D com Ocarina, mas mesmo assim títulos continuassem sendo produzidos. Teríamos uma infinidade de clones, cada vez mais bonitos, de A Link to the Past. Em um você controlaria as estações, em outro alternaria entre duas épocas distantes, em outro estaria em uma ilha completamente diferente de Hyrule, mas a base ia ser a mesma. Em 16 anos (a aventura de SNES foi lançada em 1991) a palavra “Zelda” não teria mais impacto nenhum. Um exemplo de série que não se reformula e tá indo pro saco: Mario Party. Estamos na quadragésima edição e o jogo ainda é o mesmo da primeira, só que sem o mesmo impacto, sem o fator “nossa, um jogo de festa, pra jogar enquanto se come pizza e toma refrigerante com os amigos”.

Ocarina of Time chegou pra levar Zelda a um novo patamar, e funcionou. Mas nesse caso o novo patamar foi a terceira dimensão. Considerando TP o ápice da série no 3D, como ALttP foi o ápice 2D, qual seria a nova revolução para que os jogos não caíssem no marasmo?

4D é o caralho. Por isso esse é o “último Zelda tal qual o conhecemos”. Alguma coisa tem que mudar, mas a mudança não é tão óbvia quanto foi do SNES pro N64. E também espero que não seja muito superficial, como trocar de quatro para três garrafas a serem encontradas.

Minhas considerações acerca do negócio:

– Por favor, mudança drástica de estilo de jogo não. Não quero um FPS, não quero um RTS, não quero um jogo de plataforma 2D. Já fizeram isso em Adventure of Link e não foi legal. Zelda é Zelda, e vice-versa.

– Jogo de festa multiplayer não. Já falei, mas é só pra reforçar. Nem Zelda Kart, pelo amor de Nayru.

– Continuar seguindo a mesma fórmula também não. O próximo jogo ia ser uma cópia melhorada/piorada de Twilight Princess e então cairíamos na questão mesmice. Tipo aqueles filmes de terror: “Jason X”, “Halloween 8”, “Mais Alguma Descoberta Irrelevante Acerca do Massacre da Serra Elétrica”.

– E nem continuar a mesma fórmula, mas em versão Barbie controlando a Zelda e tendo que coletar quatro garrafas com topinho. Perdão, meninas, se alguma lê o NC, mas no fundo nem vocês querem isso. Eu sei que não.

– Dublagem? Acho que se fosse só pra pôr dublagem ninguém ia dizer “ohmygod temam, esse é o último Zelda tradicional”.

– Trocar só o estilo gráfico não deve ser, porque isso já foi feito em Wind Waker e nem por isso alguém fez um anúncio apocalíptico antes.

– Nem mudar o lugar onde se passa a história, também já foi feito algumas vezes. Talvez mudar o lugar, todos os inimigos e itens. Nada de octorok, de moblin e garrafa. Tudo reformulado. Quem sabe?

– Antes de escrever o texto, eu tava apostando em uma mudança de época. Se é pra série ficar tão diferente, que tal uma Hyrule mil anos no futuro? Não que eu goste da idéia de tocar um batidão pra chamar a nave Epona, mas me parecia uma idéia interessante. Templos futurísticos, clawshot laser, um Link cyberpunk e história envolvendo andróides à Blade Runner não soaram tão mal durante aquele momento anterior ao sono. Afinal, Final Fantasy começou como uma fantasia medieval feinha e agora temos um ambiente futurista todo lindão em FF XIII. Mas enquanto eu escrevia esse texto, pensei melhor e acho que o mais provável pode ser:

– Um jogo no estilo da trilogia Prince of Persia. Afinal eles também têm lutas, puzzles de empurrar caixa e “templos”, só adicionando um pouco de agilidade ao personagem. Se você pensar bem, a Nintendo já flertou com a idéia no último Zelda. Ou você não achou as Hidden Skills nem um pouco parecidas com as cambalhotas do Príncipe? Acho que nada impede a série de ir por esse caminho, como foi feito com Tomb Raider em Legend.

De qualquer modo, excetuando-se o FPS e o Zelda Kart, tenho certeza de que a Nintendo vai saber fazer um bom jogo. Não tenho mais o medo que tinha quando li a notícia pela primeira vez. Se os caras vão fazer uma mudança drástica, vai ser uma mudanda drástica legal. Eles ainda não conseguiram errar com Zelda, acho difícil ser dessa vez.

E vocês, qual acham que vai ser a revolução na série? Favor postar aí nos comentários suas previsões, ou então chicotear-me devidamente por ter colocado Epona e batidão na mesma frase.

[UPDATE]: é impressão minha ou meus pesadelos se concretizaram mais rápido do que eu esperava?

[UPDATE 2]: ah tá, o jogo acima é Tingle RPG, já lançado em setembro de 2006 no Japão, com o título Mogitate Chinkuru no Barairo Ruppī Rando, que em tradução literal pro inglês ficaria “Freshly-Picked Tingle’s Rose-Colored Rupee Land”. Obrigado ao pessoal que forneceu a informação. Agora tô mais tranqüilo.


Preview: Fable 2

21 março 2007

“Agora vamos falar da história, do começo da história. Como eu disse, você pode ser um homem ou uma mulher, a história começa no estilo clássico dos jogos de computador. Tudo gira em torno de um pássaro que voa sobre esse, oh esse incrível, fantástico cenário, através de vales, sobre montanhas, entre as ruas da cidade, até pousar no topo da torre, e então ele caga. A câmera segue o cocô caindo, ele desce até cair na cabeça da criança – esse é você. De qualquer modo, esse é o estilo do jogo. Você não é ninguém, não é nada, você vive nos esgotos, todo mundo destrata você. Seu destino é ser um grande herói…”

Assim começou a descrição de Peter Molyneux sobre Fable 2 (Xbox 360, PC, a ser lançado em 2008), na X06 em setembro do ano passado. Como no primeiro jogo, você controla uma criança que sai da merda e vira um grande e poderoso herói. Só que dessa vez o sair da merda é literal! Também como em Fable e Fable: The Lost Chapters, você pode fazer seu personagem ser um cara cruel, destruidor de vilas, famílias e galinhas, mas que potencialmente vai usar isso pra ficar rico; ou um santo na Terra, que traz a paz para o mundo e vê os resultados disso quando entra em uma vila e é rodeado por mulheres apaixonadas e crianças remelentas gritando “Hero, Hero! I wanna be like you when I grow up, although I know I will end up being a farmer or a public servant :D”

Apesar das semelhanças e do aspecto geral do jogo ser o mesmo, muitas novidades estão sendo reveladas aos poucos para Fable 2:

A época
O jogo se passará 500 anos depois do primeiro, ainda na terra de Albion. De acordo com Molyneux, eles preferiram assim pois queriam fazer algumas grandes mudanças no cenário, embora o mundo permanecesse o mesmo. Albion agora está em uma espécie de período colonial, com carruagens, saqueadores de carruagens, armas de saqueadores de carruagens…

Armas de fogo
Exato, como estamos alguns anos no futuro, há armas de fogo. A evolução da barbárie não se escapa nem dos mundos fictícios. Por mim dava pra continuar do mesmo modo que antes, mas no fim das contas acho que a louca mistura magia+espada+trabucos vai acabar sendo legal. Quem sabe uns combos à Devil May Cry, com aqueles mosquetes da colonização? Atira, recarrega durante 2 minutos, afasta o bicho com a espada, atira…

Regiões dinâmicas
Molyneux enfatizou que, como o jogo se passa durante a vida do protagonista, muita coisa pode mudar. Analisando agora, eu nunca tinha pensado nisso. O herói do primeiro jogo chegava a uns 70 anos, e mesmo assim a casinha que estava lá no começo da história continuava a mesma do fim. Dessa vez, como exemplificado pelo designer, há um acampamento. Se você ajudar os caras, trabalhando com eles ou limpando a área de monstros e bandidos, você vai voltar depois de uns anos e haverá uma cidade. Do mesmo modo, se você chegar e detonar geral pra saquear os baús, mais tarde haverá só ruínas, ou até nada. Mas você não interfere apenas exteriormente na moldagem do mundo, afinal…

Gotta buy’em all!
Toda, eu disse TODA, propriedade de Albion é comprável dessa vez. Ao menos foi o que Molyneux disse. Cada castelo, cada dungeon, cada barraco, tudo está à disposição do seu herói endinheirado. Além do fator coleção de casas, já presenciado em GTA, as propriedades compradas habilitam novas quests. Então você viu aquele castelo magnífico, todo grandão, tá cheio dos dinheiros no bolso e resolveu comprá-lo. “Ótimo”, você pensa, “agora vou deitar nessa cama king-size e dormir”, e então você vê um mapa embaixo do travesseiro e descobre que seu palácio pode não ter saído tão caro. Ou pode, dependendo do que você vai encontrar no caminho pro tesouro. Gostei particularmente dessa idéia, imagine o fator replay de se comprar TODAS as construções de Albion. Se isso for como espero, vou largar a faculdade pra ficar jogando Fable 2.

Paiê, empresta a chave?
Mas mais revolucionário do que comprar o cenário inteiro é fazer uma ninhada de crianças para habitá-lo. Peter Molyneux fez questão de dizer uma porção de vezes que esse é um jogo sobre amor e afeto. Meus olhos se encheram de lágrimas quando li isso, é a prova de que os gêneros estão se misturando para dar cada vez mais abertura ao leque de possibilidades dos jogos. Antes tínhamos The Sims, onde você cuidava da casa e vivia uma vida comum, e Dragon Quest, onde você ia matar monstros pra salvar o mundo. Finalmente o herói é um homem como todos os outros, que come, trabalha, trepa, cuida dos filhos, mas que precisa bater em bandidos pra manter a fama. E o fator afeto é um dos pontos mais importantes do jogo, como mostrarei abaixo.

O fator gravidez
Lembram que eu citei a possibilidade de se jogar como uma heroína? Corrijam-me se eu estiver errado, mas até hoje as heroínas dos jogos eram virgens e/ou inférteis. Dessa vez você vai ter que arcar com as conseqüências de ser uma mulher: vai lá, arranja um homem gatinho, leva pra uma de suas inúmeras casas, escolhe a primeira opção que aparece na hora do sexo e então começa a sentir um peso na hora de batalhar. De repente você percebe que tua personagem tá meio barriguda demais pra quem mal comeu hoje, e aí percebe que devia ter lido direito o menu quando perguntava se você queria sexo com ou sem proteção. Sim, isso é sério. E você sabe o que acontece sem proteção. Apenas dois adendos: espero que a Lionhead não crie um minigame de espermatozóides estilo Leisure Suit Larry: Magna Cum Laude; e também espero que eles não apareçam com um minigame de parir. Nossa, não quero nem imaginar.

Papai, papai, veja como eu estou gordo!
Um fator interessante acerca do amor em família é que seus filhos te amam, o que os faz parecidos com os pais não só fisicamente. Nas palavras mal traduzidas de Molyneux:

A idéia é que você chegue em casa, para sua esposa, e a porta abre, uma criança corre para fora e diz: “Papai, papai, você chegou!” Isso é algo fantástico. Simplesmente é legal, há alguém te chamando de papai e te amando, não importa o que ou quem você seja. E o que nós fizemos foi uma simulação completa, então você chega em casa como um cara mauzão e a criança vai vir: “Papai, papai, você chegou! Você é tão legal! É brilhante, tão malvado! Veja, eu tenho tatuagens no braço como você!” ou então você é bom, e a criança dirá: “Papai, papai, você é tão brilhante, as pessoas te amam tanto!”. Eles reagem completamente a o que você é no mundo, e a quem você é.

Outra coisa a se levar em conta é que você é quem banca a família, o que também cria o caráter dos filhos. Se você é ricaço, compra um portentoso castelo no meio da cidade e leva o pessoal pra viver lá, você pode um dia chegar em casa e se deparar com uma bola se movimentando como um pingüim e falando “Daddy, daddy!” estendendo suas mãos engraxadas pra você o abraçar. Da mesma forma, se você é um pobre coitado e sua família vive em uma casinha de palha atirada pelo mundo, você vai ter um aperto no coração a cada vez que enxergar seu filho ossudinho pedir por comida ao te ver.

Ganhando o pão diário
Sobre esse ponto li pouca coisa, mas se os boatos tiverem certos, você vai poder trabalhar no que quiser para garantir o sustento da família, desde fazendeiro e lojista até prostituta. Novamente o fator “The Sims encontra os RPGs” vindo à tona. Juntando isso às outras coisas já citadas, imagine que legal ser uma prostituta e fazer apenas sexo sem proteção, criando uma coleção de criancinhas de todas as cores e raças.

Os filhos dos filhos
Já citei que o tempo passa. Como decorrência disso, você vai ver seus filhos casarem e terem filhos, e esses terem filhos e por aí vai. Esse é um ponto meio confuso da coisa, pois o próprio Molyneux admitiu que seu personagem pára em uma certa idade, nunca vai morrer de velho. É tanta coisa pra fazer no mundo que fazê-lo ter uma vida útil seria sacanagem. Mas então você vai poder ter a mesma idade que seus filhos em certo ponto? Ou eles também vão ter um limite, inferior ao seu? E será que eles morrem? São dúvidas cruéis que assolam um jogo quando ele tenta se aproximar da realidade. Mas chega de vida normal por ora, afinal isso é um action-RPG.

O combate
Um grande diferencial está sendo implementado nos combates: o conceito de obstáculos. Lembra de Enter the Matrix, onde você dava um chute contra a parede e sua perna simplesmente ia cimento adentro? Pois é, isso era horrível. Molyneux também achava, então resolveu que Fable ia ter uma espécie de “sensor de capacidade de movimento”. “Mas que burro, Twilight Princess e Prince of Persia já têm isso”, você deve estar pensando. “Nos jogos mais novos, você não pode enfiar a espada em uma parede: a espada percebe que há uma colisão e rebate. Mas nós também não queremos isso, afinal você é um grande herói, um grande combatente, e não um novato que ficaria dando golpes contra o muro”, responde astutamente o cabeça por trás de Fable 2.

Haverá todo um sistema para perceber quando você pode e quando não pode dar determinados golpes, o que é potencialmente divertido em lugares fechados. Viciou naquele ataque giratório que mata geral? Tenta fazer isso agora que tu tá num corredor estreito e vem vindo um Rato Come-Pinto faminto em sua direção! A própria espadada comum necessita um certo espaço para ser executada. E se você estiver numa sala de teto baixo brigando com algum bicho? É interessante lembrar que os adversários também têm essas limitações, o que leva a grandes disputas de vantagem espacial durante combates mais intensos. Isso que eu não falei do multiplayer, citado rapidamente pela chefia.

Mas a grande novidade, o aspecto revolucionário, o negócio nunca antes visto no mundo dos jogos, ainda estava por vir. Isso em 2006, na mesma conferência. O designer disse que quando apresentou a idéia à sua equipe, o pessoal achou que já tava na hora de se mudar pra equipe de Spore ou algo assim, que isso tava ficando muito idiota. Ele disse que a primeira impressão do pessoal foi completamente “wtf?” e que a última foi “nossa Peter, me come”. Não bem com essas palavras.

E eis que na Game Developers Conference de 2007 é largada a bomba! A grande, sensacional, incrível, nunca antes vista novidade é…

Um cachorro
É. Um cachorro. Se eu não tivesse lido de antemão que minha primeira impressão seria de total incredulidade e de vontade de jogar Spore, estaria agora com uma total incredulidade e vontade de jogar Spore, MAS pelo jeito o cara sabe o que faz. Então estou um pouco mais feliz. Basicamente o cachorro vai ser mais uma extensão daquela história de carinho e afeto. O cachorro vai te amar, te ajudar, atacar quem oferece mais perigo e tudo que você já viu em outras inteligências artificiais por aí. Mas o cachorro vai ser seu guia também, já que dessa vez você não tem um mapa de Albion. Assim, você tem castelos e tal, mas não tem um mapa. Preferiu comprar um cachorro porque é mais divertido e menos confiável. Mas ok. Como eu disse, o cara fez o primeiro Fable, ele deve saber o que faz.

E se esse jogo não sair pra PC, vai ser o que vai me fazer trabalhar pra sustentar minha família comprar um Xbox 360.


Enfim férias

16 março 2007

Os mais astutos de vocês já devem saber que, devido a uma greve consideravelmente longa há uns anos na universidade, minhas férias começaram só agora. Então, se antes minha grande preocupação era passar em Cálculo B e Estruturas de Dados, agora é conseguir zerar minha lista de jogos dentro de um mês.

Ei-los. Ou algo assim.

Prince of Persia: The Sands of Time
O jogo mais delicioso que já tive o prazer de zerar. Seguido de perto por Beyond Good & Evil.

Prince of Persia: Warrior Within
A frustração mais dark que já pude jogar. De cenários paradisíacos de um castelo na Pérsia a ruínas de uma fortaleza numa ilha aleatória. Mas preciso acabar esse pra entender direito…

Prince of Persia: The Two Thrones
Parece ser melhor que o segundo, mas ainda duvido que bata SoT. O primeiro rewind a gente nunca esquece.

The Legend of Zelda: Ocarina of Time
Eu admito. Nunca zerei 😦

The Legend of Zelda: Majora’s Mask
Meus amigos falam que é ruim. Eu acho que é interessante.

The Legend of Zelda: Twilight Princess
Já joguei 30 horas do jogo e ainda tô na dungeon do deserto. Isso é explorar o cenário. Outra: não encosto nele há dois meses. Isso é Estruturas de Dados.

Metal Gear Solid: The Twin Snakes
Outro da lista “não saia pra rua antes de zerar, pois um caminhão pode te atropelar e você vai morrer sem conhecer o jogo”.

Só não sei se vou ter tempo pra tudo isso. Do jeito que eu gosto de fuçar em cantinhos e tal, sou capaz de levar um mês só pra terminar a trilogia PoP. Espero que não.

Ah sim. Conforme eu for acabando os jogos resenho eles aqui. A começar pelo delicioso, sensacional, cremoso Prince of Persia: The Sands of Time. Eu zerei há três anos, e pensei que ia achar bem feinho pegando ele agora. Hoje joguei durante duas horas e não mudo de opinião. Esses franceses sabem o que fazem.


Casa da Estação de Jogar. Wtf?

13 março 2007

Muita gente que lê o blog vem do FHBD, e se algum desses já leu algum post meu na área de games, sabe: Eu NÃO gosto da Sony. Sendo mais preciso, eu ODEIO a Sony. E pode fazer uma pesquisa: 7 entre 10 gamers também não gostam. Calma lá, querido, não estou xingando sua máquina preta que roda Ape Escape 3 e Dark Cloud 2, essa é sensacional, estou falando mal da EMPRESA Sony. Aquela que caga nos fãs, aquela que fez um console que custa, sei lá, um rim (e depois de um bom tempo de lançamento, não tem NENHUM jogo de peso), e também aquela que de vez em quando faz uma ou outra coisa direito.

Uma dessas coisinhas é o PlayStation Home.

Pra você que tá com preguiça de ir na Wikipedia, eu explico o que é PlayStation Home: Funciona assim, existe uma “cidade” virtual, um lobby bastante ambicioso, onde você pode fazer…hã…tudo. Pode baixar a demo do novo jogão da Square, o qual você só baixa porque é da Square, pode conversar com uma beldade em potencial, porque você SABE que existem 90% de chances de ser um barbado do outro lado da linha, e o melhor: Você pode criar um Mii personagem IGUAL você!

O que os nerds feios irão adorar, por que você não precisa criar necessariamente você, pode ser um negão gos…EU NÃO GOSTO DE NEGÕES GOSTOSOS, LIPE PUTO!

Divago. Além de criar um rapaz longe de ser parecido com você e perto de ser o Matthew Fox, cê pode ter um quarto. O que diabos vai ter nesse quarto? Simples: Um pôster que você ganhou fechando Final Fantasy XIII, uma réplica da Ninja-To que há de ser utilizada por Rikimaru no novo Tenchu, e outras baboseiras mais. Claro, obviamente todos poderão entrar em sua salinha e pagar-pau pra suas coisas! Só não caia na conversa de uma personagem loira e peituda com o nick “Peitudinha_19_Surf” e dê a ela os itens que ela pedir, por que como eu já disse antes: As chances de ser um homem são grandes. Maiores que o Lipe, que só tem 1,70 :o!

Tá, tá, eu sei que é uma mistura de Animal Crossing com Xbox Live com Second Life com sistema de Miis. Mas que atire a primeira pedra o gamer que acha que a Sony não copia MUITAS de suas coisas…

AI! SONYSTA MENTIROSO FILHO DA PUTA! =(

Resumindo: Taí, gostei. Quando eu tiver meu PS3 em 2009, com certeza terei meu neg…personagem! 🙂
Pra fechar, umas screens:

Eita, Sony subindo no conceito!


Jeremy Jameson Flavia BBB7

13 março 2007

Enquanto Gui dorme seu sono de beleza se preparando pro post que eu o obriguei a escrever amanhã, vou enrolar um pouco mais aqui só pra não dizer que a gente não atualiza isso. Vocês gostaram das bizarrices procuradas no Google pra se chegar ao No Controle, então aí vai mais um pouco:

novo jogo em que o boneco troca de roupa e
Uma pena que o painel de controle do WordPress limita os termos a tamanhos aceitáveis, porque eu queria mesmo ver o resto dessa resenha.

jogos que voce fas um carinha e depois
Mesma coisa, queria saber o que acontece depois de faser o boneco.

fotos de carmem electra nua
Não poderia faltar a onipresente, salve-salve Carmen Electra.

fotos diversas só negão
Se eu contar que o IP é do Gui vocês juram que não sacaneiam ele?

peladas youtube fotos
Hahahhahahah, selfowned triplo. Procurou por FOTOS do YOUTUBE no GOOGLE.

manhas de todos os jogos de ps1
Aproveita, criatura. Quando tu tiver na faculdade tu mal vai ter tempo pra procurar manhas pra um único jogo.

PAPEI DE PAREDES BEM BOLADOS
Só faltou complementar: DA CARMEM ELEKTRA NUA RON JENNA

Pois é, a coisa tá tão bonita que eu tô salvando as melhores em um .txt aqui. De vez em quando eu posto as melhores da semana, quando não tiver mais nada pra escrever.

A propósito, seção nova por vir no NC: Previews. Antes de mais nada, foi idéia do Gui. Caso gostem, eu já tinha tido a idéia antes e não tinha falado. Como a gente tem tanto acesso quanto vocês às notícias do mundo gamer, não dá pra fazer aqueles previews fresquinhos e exclusivos que a gente vê por aí, o que não nos impede de criar nossa própria forma de presenhas.

Basicamente a gente vai fazer o seguinte: pegar um jogo que está pra ser lançado, ou até que já foi, e escrever nossas expectativas quanto a ele, dando as devidas informações catadas por aí como um bom preview faria. Tudo no bom ritmo NC de “eu passo longe de ser jornalista profissional então me deixa ser feliz”. Temos uma outra seção em mente também, mas ainda estamos discutindo isso. Ainda tem muita presenha e resenha pra escrever depois da minha última prova antes das férias (quarta-feira) 😀

tibia playstation 2 fotos
“Eu tava jogando Tibia no meu Playst… quê? Como assim que não tem Tibia pra PS2? Quer apostar quanto, seu cocô? Tiro uma foto agorinha mesmo!”


Filme de jogo é pior. E tenho dito.

9 março 2007

Essa é uma das partes boas de um blog feito a dois: as opiniões dos mantenedores do site não são necessariamente convergentes. É o caso da velha e polêmica relação filme/game. Enquanto Gui acha que os produtores de jogos baseados em sucessos da tela grande deviam se limitar a assistí-los, eu penso que grandes nomes como Uwe Boll e Paul Anderson deviam nunca ter sido registrados.

Eu gostaria de enfatizar que essa é a minha opinião, e mesmo que o objetivo do texto seja fazer vocês a terem como certa, vocês não devem levar na ponta da faca o que eu escrevo aqui. A-MOU o Van Damme encarnando Guile, o personagem principal do filme de Street Fighter? Ótimo. Você deve sofrer menos do que eu com essas adaptações. Por outro lado, odiou chacinar dinossauros nada a ver em Peter Jackson’s King Kong: The Official Game of the Movie (abreviarei como PJ’sKK:TOGotM para facilitar a leitura)? Ah, eu achei o jogo bem interessante.

Então, agora que o Gui os leitores estão avisados e eu estou me sentindo um pouco mais seguro, posso começar. Com uns exemplos, que tal?

Street Fighter
Street Fighter

– Pô, tem aquele jogo de briga que a gurizada tá jogando nos bares por aí.
– Street Fighter?
– Esse. Diz que tem uns esquema legais, uns fogos e tal.
– Nem pensar. Quem larga os fogos e raios são uns amarelos doentes.
– É, não rola… hmm… não tem ninguém normal?
– Ah, tem um cara do exército americano. Acho que dá uns chutes.
– Exército americano?
– Sim.
– Perfeito. Assistente, arranja o número do Van Damme.

Ou algo assim. No fim saiu um filme sem os hadouken, shoriuken e o caralho a quatro. No máximo versões simplificadas dos golpes, porque o público não queria ver bolas de fogo saindo dos lutadores de rua.

Resident Evil
Resident Evil

Eu vou ser bonzinho e nem vou citar o subtítulo altamente sagaz do lançamento brasileiro: “O Hóspede Maldito”.

Mila Jovovich acorda sem saber onde está, um esquadrão policial chega dando armas pra ela e eles saem procurando alguma coisa no lugar. Eles descobrem de um modo bem trash que há zumbis lá embaixo e mais tarde que a cidade inteira foi infectada. De um modo bem Cubo original, os caras vão morrendo um por um até sobrar só a heroína e um cara que ganhou um negócião no ombro, sugerindo que aquele vai virar o Nemesis. Sugerindo também que o segundo filme poderia não ser tão ruim quanto o primeiro, e que dessa vez elementos do jogo estariam presentes. Sensacional.

Aí no segundo colocaram uma mulher vestida de Jill Valentine e fizeram um Nemesis Power Rangers-like. Mas eu não assisti esse, então não posso falar muito.

BloodRayne
BloodRayne

Nesse caso eu só li o review da EGM do game e uns tempos depois vi o filme. E os dois não tinham NADA A VER, diga-se de passagem.

BloodRayne, o jogo, tem um enredo doido envolvendo vampiros e nazistas, vampiros nazistas, vampiros anti-nazistas e muito sangue, lá por 1930 e pouco. BloodRayne, o filme, tem um enredo clichê doido envolvendo vampiros e caçadores de vampiros, vampiros medievais, vampiros anti-caçadores de vampiros e anti-pai da vampira que dá nome ao game e muito sangue, lá por 1700.

Minha teoria é de que Uwe Boll comprou o jogo em algum camelô e o DVD tava riscadaço, sobrando só a capa. Então fizeram o filme baseado na capa. Lá pela metade das filmagens alguém pediu o PS2 emprestado pra um primo e jogou BloodRayne.

– Diretor, diretor, tenho uma má notícia.
– Oi?
– Assim ó: BloodRayne é na verdade um jogo envolvendo nazistas e Segunda Guerra Mundial.
– Tipo Medalha de Honra? Vamos ter que refilmar tudo?
– Não, nada a ver. Sangreira, quebradeira e tal, mas em tempos mais atuais.
– Hmm, deixe-me pensar… ei, Kristanna, você toparia fazer uma cena de sexo aí nesse ponto do filme?

Que por sinal é só o que se salva.

Super Mario Bros.
Super Mario Bros.

Esse é um divisor de águas. Pessoalmente, amei o filme no alto de meus 5 ou 6 anos. Depois o amei de novo com 10 anos. Com 13 achei bem legal. E, conforme ia ficando mais velho, ia me ligando de que aquilo era Mario, e não um filme de aventura qualquer sobre monstros gosmentos e encanadores salvadores da pátria. ERA MARIO!

Mas só coloquei aqui pra citar mesmo. Do meu ponto de vista, é como Final Fantasy: The Spirits Within. Um bom filme, se não carregasse o nome da franquia junto. Seria muito melhor apreciado se fosse “Captain Red in Marshmellow Kingdom”. Mas muito menos visto.

Bom, há mais filmes a serem citados, mas são quase duas horas e eu tenho aula amanhã/hoje. Tem Tomb Raider, que você assistiu mas nem lembra de nada porque ficou só olhando pras coxas da Angelina Jolie; tem Alone in the Dark, que eu não vi mas é do Uwe Boll, o que dispensa apresentações; Mortal Kombat, que eu vi há tanto tempo que nem lembro como era (se você lembra comenta aí sobre como era o filme); House of the Dead, do Uwe Boll; Doom, que eu pretendo assistir nessas férias só pra presenciar a trashzeira das cenas em primeira pessoa; e por aí vai.

Claro que há filmes bons, assim como havia jogos bons no post do Gui. Como exemplos que contrariam o post dele, gosto de PJ’sKK:TOGotM, de Enter the Matrix, de GoldenEye 007 e de The Godfather, entre outros.

E na lista de filmes que deram certo, temos Final Fantasy VII: Advent Children, continuação muito legal do jogo de PS1, e Silent Hill, adaptação muito legal do jogo de PS1. No momento não consigo lembrar de mais algum filme baseado em jogo que eu gostei. Creio que Silent Hill foi o melhor que já vi, então FFVII:AC e depois não sei.

Mas, no fim das contas, creio que esse post inteiro era um desabafo pra mostrar o quão temeroso eu estou por causa dessa lista. Entre os filmes a serem lançados, ou não, estão:

Castlevania (2007). Tenho medo de um Van Helsing da vida pra detonar a série.
Devil May Cry (2008). Nunca joguei. Talvez o filme não fique muito ruim. Em efeitos especiais esses caras são bons.
God of War (2007). Também nunca joguei, mas sinto que vão conseguir estragar.
Halo (2008) e Gears of War. Esses vão sair bem, creio eu. Só porque eu nem gosto dos jogos.
Max Payne (2007). Pô, só se for com a dublagem delícia em português!
Metal Gear Solid (2008). Putz. Só imagino o Tom Cruise jogando revista de mulher pelada no chão pra distrair os soldados. Ao menos Kojima já descartou o Uwe Boll.
Street Fighter (2008). Mas quê? Mais um? Quem vai ser o personagem principal dessa vez? Algum irmão sumido e loirinho do Guile, que vai aparecer do além pra salvar todas as raças inferiores das mãos do M. Bison?

E meu maior medo, mais do que Cálculo e dos exames da semana que vem:

Prince of Persia: The Sands of Time (2008). Pela Disney. Se conseguirem fazer algo no nível do primeiro Piratas do Caribe, meio swashbuckling, com a mesma história do jogo, as mesmas acrobacias e atores IGUAIS ao Prince e à Farah, ficarei mais calmo. Mas ainda apreensivo.

Entrem aqui e vejam a lista de escalados para interpretar o protagonista. Particularmente gostei desse. O cara é produtor de filmes, ator, persa, é PRÍNCIPE, e estudou esgrima. Além de que tem todo um trejeito oriental que esse infeliz não vai ter nem daqui a três encarnações.

Ao contrário de Brad Pitt como Link, e Avril Lavigne ou alguma outra cantora como Zelda. Junte a isso umas roupinhas verdes, uma maquiagem para deixar o ator com cara de garoto kokiri de 17 anos, grandes diálogos entre Link e seus algozes e pronto, temos The Legend of Zelda: The Official Movie of the Game.

E mais uma legião de fãs querendo saber o endereço do responsável pra mandar antraz ou semelhante.


É A VERMELHA, SEU IMBECIL!!1

3 março 2007

Um Primeiro Contato aí pra vocês, por que eu nunca falei sobre um jogo específico.

The Matrix – Path of Neo (PS2/Xbox/PC)

Que atire a primeira pedra o nerd que nunca quis um óculos igual esse!...AI! MENTIROSO!!

Não vou negar que já emprestei o jogo do amigo com cara feia, lembrando que Enter the Matrix não foi aquele jogãããão que eu esperava que fosse. Guardei o bichinho na mala, fomos eu e os amigos nos divertir, até que volto pra casa. Ligo o PC, dou aquela checada cremosa no Orkut, converso um pouquinho, outro poquinho…daí eu lembro que tou com o jogo na mochilinha. Encerro todos os papos, deixo baixando o oitavo episódio de Lost, ligo o Playstation 2 e…me deparo com um game que evoluiu muito do seu antecessor. Bom, podemos dizer que a premissa do game é fazer com que você caminhe pelos mesmos passos de Neo, na trilogia, que não devia ser trilogia, e sim só o primeiro filme. Eu falei num post passado que game de filme sempre é ruim, mas ainda tem uma chance quando é baseado na franquia. Enfim, vou me contradizer. O game é bom.

Ao começar o jogo, você vê Neo em seu escritório, deitado no PC…assim como no filme. O PC começa a transmitir a mensagenzinha mandando o Neo seguir o White Rabbit, e daí dá aquela enroladinha e tal…e até que o celular do escolhido toca, é o Morpheus. Aí começa outra parte do game: A fuga do escritório. Devo dizer que essa parte é espetacular. Um stealthzinho básico. Depois de obedecer o Morpheus, escolher a pílula certa, você vai começar o tutorial, pra aprender os milhões e milhões de comandos do jogo. O tutorial tem seguramente mais de uma hora de duração, não tem muito a ver com o filme, mas é bem legal. Funciona assim: Os rapazes que tão na nave do Neo criam uma realidade virtual, assim como a Matrix, pra que você lute contra inimigos falsos e tudo mais. É bem divertido, apesar do principal objetivo do tutorial seja te ensinar a jogar. E é disso que falaremos agora: Jogabilidade. Bem complicadinha. Vários botões, combos, o sistema de Focus, que é onde você fica em slowmotion e desvia de balas, dá golpes mirabolantes, entre outras peripécias que só o The One pode fazer. Não vou dar spoil e contar como são as técnicas, só vou dizer que funciona bem, e é bem mais vasta que a de Enter the Matrix. Os gráficos do jogo não são aquelas coisas que te faz chorar e trocar de cueca. O Keanu Reeves virtual parece o de verdade sim, enfim… os gráficos simplesmente fazem o seu papel. Mas whatever, eu não ligo pra gráficos mesmo. =D

Agora, só pra não ficar muito otimista, falemos da parte ruim do game. A história.
O pouco que joguei não segue a história do Neo. Tem sim cenas clássicas, como Neo versus Morpheus (I know Kung Fu e tal), mas não segue à risca. Pelo menos não até agora…mas tomara que isso seja uma questão de tempo. Concluindo…gostei do que vi. Fui com nariz torto pra jogar e me arrependi. Mas o game é bom sim, pessoal. Podem confiar!

E tomara que fale algo sobre o Matrix Revival,  que vai sair em 2009!

Pô…cê você acreditou nessa frase aí em cima, és um pato.
Aquele abraço costumeiro!