Inaugurando a seção Chat, um bate-papo sobre o futuro dos jogos após os gráficos foto-realistas e as explosões com as quais seu pai nem sonhava na época de River Raid. Tinha muita coisa a discutir, então perdão se nos estendemos. Na próxima a gente vai tentar maneirar 😉
Gui. diz:
Tipo, já começou e tal.
Lipedal diz:
Uh.
Gui. diz:
E aí, qual teu pitaco?
Lipedal diz:
Bom, eu tenho três apostas principais.
Lipedal diz:
Minha aposta mais feliz é uma atenção especial a elementos como a história do jogo e tal. Já que os gráficos tão lindeza, os produtores contratariam menos gente pra tentar fazer um jogo mais bonito que o concorrente, e mais roteiristas pra tentar fazer um enredo mais memorável que o concorrente.
Gui. diz:
Pois é, eu tinha pensado nisso também, só que daí eu lembrei que existe MGS :V
Gui. diz:
Impossível imaginar um enredo melhor que o de MGS, ou de Final Fantasy X. Até mesmo Zelda TP tem um enredo desgraçado de bom.
Gui. diz:
(e > os outros dois =D)
Lipedal diz:
Hahhaha, tá certo. Mas forçar enredos bons não quer dizer que tenham que ser melhores que os atuais.
Lipedal diz:
Nada impede o próximo FPS-hype-da-geração-atual de ter uma história mais elaborada. Não que precise ser melhor que MGS e FF.
Lipedal diz:
O que eu quero dizer é que nessa previsão aí sairiam menos jogos “atire em tudo que puder e depois leia a Wikipedia pra entender mais ou menos o roteiro”.
Gui. diz:
Ah, mas acho que hoje muito jogo já tem enredo bom sem precisar.
Gui. diz:
Vide Halo. Nem sei se você conhece o enredo de Halo e tal X=
Lipedal diz:
Não conheço =X
Gui. diz:
Porra Lipe, cê NUNCA fechou Max Payne e nem conhece o enredo de Halo? Fogueira!
Gui. diz:
Mas então. Nem vou te contar e tal. =)
Lipedal diz:
Lá li numa EGM.
Mas foi suficientemente comum pra eu não lembrar agora.
Lipedal diz:
Envolvia aliens.
Gui. diz:
E tiros. Ah, cê sabe o suficiente.
Lipedal diz:
Pois é.
Gui. diz:
Agora que você explicou o que quis dizer, deu pra sacar…quer dizer que você acha que não vai mais existir God Hand’s da vida?
Lipedal diz:
Hahahhaha, não que não vai existir. God Hand é um negócio meio retrô, não há história porque não quiseram colocar. Não é aquele negócio “puta merda, que gráficos ótimos que a gente fez! Hmm… Josefa, traz um café e um roteiro aí. Valeu.”
Gui. diz:
É uma possibilidade…mas eu acho que vai ser diferente D=!
Gui. diz:
Realmente acho que não tem muito mais o que se fazer nesse sentido… se começarem a sair só games estilo Xenosaga, eu paro de jogar e viro cinéfilo. Nem vai fazer diferença mesmo.
Lipedal diz:
Pior que é, tava pensando nisso agora enquanto falava 😦
Lipedal diz:
Afinal, o diferencial do jogo é poder jogar.
Lipedal diz:
História fica pro cinema. Jogo teria mais é que se preocupar com a jogabilidade.
Gui. diz:
Ah, e convenhamos, todo gamer merece uma folga de enredo minucioso sempre que der…o que seria de nós sem Spartan Total Warrior? 😛
Lipedal diz:
Exato…
Lipedal diz:
Então, manda teu palpite.
Gui. diz:
Se você pensar de modo grosso e sem muito detalhe, a única coisa que os consoles fazem desde o Atari e o Game & Watch é evoluir graficamente.
Lipedal diz:
Kjashkdjasd, bem grosso!
Gui. diz:
Tá certo que teve inovações tipo D-Pad e talz…mas não foi nada muito mais que isso.
Lipedal diz:
Pô, enredo também evoluiu 😦
Gui. diz:
Mas não de maneira expressiva.
Gui. diz:
Não tão expressiva quanto aos gráficos.
Gui. diz:
Vide Full Throttle e, sei lá, Oblivion.
Gui. diz:
Épocas diferentes, gráficos diferentes. Épocas diferentes, histórias igualmente fodas.
Lipedal diz:
Ah, entendi.
Gui. diz:
Pois é, eu acho que de modo que os gráficos já evoluíram ao máximo, enredo também já o fez…portanto acho que o próximo foco é jogabilidade…
Lipedal diz:
Ah é, esse é o chute da Nintendo.
Gui. diz:
O que já tá acontecendo, vide sensor <s>do Kirby Tilt’n’Tumble</s> do PS3 e do Wii.
Lipedal diz:
Hahahhahahahah!
Gui. diz:
Mas é sério!
Lipedal diz:
Realidade virtual, realidade virtual \o/
Lipedal diz:
Meu professor de Algoritmo e Programação, quando eu disse isso: “pfffff, realidade virtual é sonho de criança. Esquece isso, rapaz.”
Falaram a mesma coisa lá nos primórdios do mundo pra sei lá quem: “pffff, computador doméstico? Pra que alguém normal ia querer computador em casa?”
Gui. diz:
Isso mesmo que eu ia citar…há tempos atrás quem diria que o homem ia pôr as patas na lua? Não duvido de mais nada, bróder.
Gui. diz:
Não duvido que na próxima gen veremos isso mesmo, realidade virtual
Gui. diz:
Seria legal demais te dar uns pipocos online, hein.
Lipedal diz:
Na próxima sei lá.
Lipedal diz:
Mas talvez em alguns anos.
Gui. diz:
Ah, acho que na próxima, pra ser bem sincero, todos os 3 serão iguais. Sensor de movimento nos joysticks, gráficos fodas demais e jogatina online desenfreada.
Gui. diz:
Igualzinho Mega Drive x SNES, os jogos vão fazer o vencedor =o
Lipedal diz:
Mas sei lá, não acho que os próximos consoles todos invistam em jogabilidade diferenciada.
Lipedal diz:
Acho que ainda tem uns pontos a aprimorar depois dos gráficos.
Lipedal diz:
Tipo um jogão. Cita um jogão atual. FPS.
Lipedal diz:
Gears of War, por exemplo.
Gui. diz:
GoW é TPS e tal acho.
Lipedal diz:
Uh, é. Serve.
Gui. diz:
Newbie.
Lipedal diz:
Bom, GoW tem todo aquele esquema de cobertura, cenário destrutível e o caralho.
Lipedal diz:
Mas o cenário só é destrutível porque os programadores querem, e onde os programadores querem.
Lipedal diz:
Você não pode explodir tudo, você pode explodir o cenário limitado que foi programado assim.
Lipedal diz:
Olha esse vídeo depois volta pro MSN pra entender melhor o que eu tô querendo dizer: http://www.youtube.com/watch?v=7iCdN2FGOaQ&eurl=http%3A%2F%2Fzgamer%2Ewordpress%2Ecom%2F
Gui. diz:
Cê já jogou GoW?
Lipedal diz:
Não, tô só chutando baseado no que li. O que eu quis dizer é que ainda tem muito aprimoramento físico a fazer. Essa geração pode ter gráficos ótimos, mas ainda tem muita limitação física. Talvez isso seja melhorado até o fim dela, mas sei lá.
Lipedal diz:
Tipo essa madeira do vídeo. Isso é no mínimo FODA. Onde o cara cai, quebra a madeira. Como o homem aí falou: “isso simula o jeito que os materiais se comportam no mundo real”.
Gui. diz:
Ah, uma física mais realista você diz? Como a que tão prometendo pra Crysis? Eu acho que vai ser foda. Se bem que a física atual dos games tá ótima, cê vai ver quando jogar Oblivion.
Lipedal diz:
=x
Lipedal diz:
Sei lá, o que eu quero é poder pegar um FPS onde você atira num fogão e ele fica amassado naquele ponto em especial pro resto do jogo, você atira numa placa de metal mais resistente que o fogão, a bala ricocheteia e ferra tua perna.
Lipedal diz:
Nada de física
se (bala_pos==fogao_pos)
explode(fogao)
Gui. diz:
Seria mágico
Lipedal diz:
Mas enfim, esse é meu segundo chute para o futuro dos jogos.
Gui. diz:
Cacete, imagina o nível de um game onde você corre o risco de ser atingido pela própria bala!
Gui. diz:
Ia requerer uma estratégia monstra.
Lipedal diz:
Pois é. Não sei se isso já não existe. Acho que em Battlefield 2 a bala ricocheteia.
Lipedal diz:
Mas ricocheteia porque foi programado assim. Os programadores olharam, pensaram “algum pato vai atirar nas placas de metal”, e fizeram com que uma colisão bala+placa de metal resultasse em -10 pontos de vida.
Gui. diz:
Então, de novo, só ricocheteia os lugares que eles querem que richoteiem.
Lipedal diz:
Ao menos eu acho que é assim, meio manual. Veja aquele vídeo da DMM aí em cima e entenda o que eu quero dizer com física automática.
Gui. diz:
Eu vi, porra, sensacional!
Gui. diz:
Os caras até programaram madeira mais sólida e tal.
Gui. diz:
Mas enfim…qual seria seu terceiro pitaco?
Lipedal diz:
Meu terceiro pitaco, não considerando isso da jogabilidade (realidade virtual :~~) melhorar, é a busca por novas idéias nos jogos.
Lipedal diz:
Ninguém mais quer ver FPS da segunda guerra, por exemplo.
Gui. diz:
Tipo os games que cê quer fazer?
Lipedal diz:
Não, ainda não.
Lipedal diz:
Só idéias novas, tipo flOw, Katamari Damacy.
Lipedal diz:
Jogos que reinventam o conceito de jogo baseados no que ele precisa acima de tudo: divertir.
Gui. diz:
Super Mario, rá!
Lipedal diz:
Até Pokémon foi assim.
Gui. diz:
Vide Pokémon Snap *-*
Lipedal diz:
*-*
Gui. diz:
Se bem que o próprio Pokémon Blue foi totalmente inovador.
Lipedal diz:
Exatamente.
Lipedal diz:
“Ei, que tal se a gente fizesse um RPG onde você tem pontuação, mas a pontuação são bichinhos e eles brigam por você?”
Lipedal diz:
No fundo é o conceito mais básico dos jogos: score. Só que com monstros no lugar de pontos. Ou você nunca chegou e falou pra um amigo “eu tenho 93 pokémons, incluindo o Mewtwo e o Bulbasaur, que você não tem :)”?
Gui. diz:
Nunca tinha pensado nisso
Gui. diz:
Estragou a magia, cretino! >=(
Lipedal diz:
KAJSDHKJASDHKASDHKASDJ
Lipedal diz:
Katamari é outro. Você precisa acumular coisas, acumular coisas, acumular coisas e fazer uma bolona :L
Lipedal diz:
Um conceito extremamente simples, mas ao mesmo tempo revolucionário.
Gui. diz:
Saquei.
Gui. diz:
Porra, isso me lembra quando a Sony prometeu games em 4D, bizarro
Lipedal diz:
Hahahhahah, sério?
Lipedal diz:
Como isso?
Gui. diz:
Sei lá :V
Lipedal diz:
Doentes.
Gui. diz:
Li numa revista aí, EGM acho. Mas nem lembro direito 😦
Lipedal diz:
Nossa.
Lipedal diz:
Deu dor de cabeça de tentar pensar, esquece vai.
Gui. diz:
Pousé… mas eu sinceramente não consigo pensar em nada inovador, se bem que quando a gente menos espera, vem aquele game tipo Okami, que revolucionou um monte o mercado
Lipedal diz:
Pois é. Pensar em algo inovador não é algo que você planeja.
Lipedal diz:
“Aí, vou dar uma cagada e vou pensando em algo inovador enquanto isso”.
Gui. diz:
Daí o game fica uma bosta, pescou!?
Gui. diz:
Foi ruim, admito =(
Lipedal diz:
Kjashdkjashdk
Lipedal diz:
Bom, da minha parte basicamente é isso:
Lipedal diz:
1- Reforçar enredo e o “porquê” do jogo, ao invés do “como” do jogo.
2- Continuar aprimorando conceitos técnicos. Depois dos gráficos, a física.
3- Perceber que não há muito mais o que fazer e começar a recriar os jogos, ao invés de reciclá-los.
4- Evoluir a jogabilidade, porque não é só tu que queria ver realidade virtual :B
Gui. diz:
Então, da nossa parte (y)
Lipedal diz:
Mas então, cabou o chat?
Gui. diz:
acho que sim, agora a gente faz uma conclusão do tipo “Mas Lipe, é isso. Tenho que ir fazer uma redação agora…maldito cursinho.”
Gui. diz:
“Beleza Gui. Aquele abraço!”
Gui. diz:
E você inventa uma piadinha qualquer.