O último Final Fantasy tal qual conhecemos?

Aconteceu de novo. Os fãs estão na expectativa por um jogaço que já saiu no Japão, mas ainda vai demorar uns meses pra chegar no Ocidente, e então um cara importante chega, fala que esse pode ser o último jogo da franquia nos moldes clássicos e BAM, todos ficamos duplamente hypados.

Lembram desse post sobre Zelda? Na época, Pai Miyamoto comentou que Twilight Princess poderia ser o último jogo da série do jeito que conhecíamos. Pessoas morreram de antecipação, desenhistas fizeram concept arts de um The Legend of Zelda 3000, desocupados escreveram posts gigantes com previsões do futuro. Veio Phantom Hourglass, veio Spirit Tracks, uma imagem do novo jogo para Wii foi divulgada e até agora nada de revolução na série. Ainda tenho alguma esperança de jogar um Zelda remodelado num futuro próximo – ou nem tão próximo, já que ele “só será lançado quando estiver perfeito” -, mas não criei muita expectativa com relação a isso.

E agora o mesmo acontece com Final Fantasy. Yoichi Wada, o presidente da Square Enix, está feliz com Final Fantasy XIII, mas acredita que a equipe que trabalhou no jogo poderia pensar em “criar formas ‘nova geração’ de se jogar”. Claro que é só a opinião do cara, uma opinião que envolve mudar uma fórmula que funciona há muito tempo, com retoques a cada nova edição da franquia, e não dá sinais de precisar ser aposentada.

Mas, caso resolvessem revolucionar mesmo, como seria a “forma nova geração” de jogar Final Fantasy? Façam suas apostas 🙂

13 Responses to O último Final Fantasy tal qual conhecemos?

  1. Final Fantasy XII já revolucionou bastante ao meu ver. O título saiu da mesmice de combates em turnos que dependiam totalmente da intervenção do jogador para algo dinâmico e extremamente personalizável, dando margens para a criação de inúmeras táticas.

    O fato é que os fãs têm medo de mudanças, o que é natural. Ninguém quer ver sua série de jogos favorita transformar-se da noite para o dia, sob o risco de se transformar em algo ruim ou que fuja muito daquilo que já é conhecido. O grande lance é que, mesmo depois das críticas e previsões sobre o fim do mundo, Final Fantasy XII se mostrou um game extremamente competente. Talvez não seja o melhor da série, mas sua qualidade é indiscutível em inúmeros pontos.

    Acho que com Final Fantasy XIII a coisa será parecida. Muito hype no início, críticas sobre as mudanças, um tempo de silêncio e, enfim, a conclusão de que, apesar das mudanças, o game saiu como o esperado: um jogão.

    Pelo menos esta é a torcida!

  2. […] informações que circularam esta semana. Primeiro que este pode ser o último Final Fantasy de maneira tradicional, podendo ter as suas fórmulas alteradas num possível Final Fantasy XV que ainda deve ser […]

  3. mcs disse:

    Espero que a série Final Fantasy pegue um pouco o modelo ocidental de RPG não-linear, ou seja, dê um mundo, NPCs, situações e comportamentos que existem sozinhos sem a intervenção do jogador, imensas possibilidades de trajetos ou atos, um objetivo final e um belo “vire-se” para o gamer.

    • Gui Stadler disse:

      De novo, como já foi dito pelo Moco, isso tudo já teve no XII. Concordo com o ponto de vista de que o XIII será um upgrade do XII, e acho que, se de fato houver uma revolução, será no XV.

      • mcs disse:

        Sim, mas o comentário dele é específico ao sistema de combate. Eu me refiro à completa (ou quase) não-linearidade do jogo.

        A propósito, não joguei FFXII ainda. Me parece um game bem interessante.

  4. Lipedal disse:

    A questão que me faz pensar é que tipo de revolução poderia ser feita? Como o Moco comentou, o XII já foi uma grande inovação, com o Gambit System, mapa de skills e tal. Continua sendo um JRPG com menu de batalha, etc, mas difere bastante dos antigos.

    O XIII deve trazer ainda mais mudanças. A partir daí, dizer que poderia ser usada uma “jogabilidade nova geração” parece ser mais revolucionário do que modificar novamente o sistema de batalha. Claro que isso é só uma possibilidade que o Wada apontou, é difícil achar que a Squeenix vai radicalizar no próximo jogo e fazer algo muito diferente.

    Quanto a fazer um Final Fantasy estilo RPG ocidental, não joguei os últimos então não saberia opinar. De qualquer forma, sou um “fã teórico” de RPG japonês, acredito que tem grandes vantagens sobre o sistema “crie um herói e faça sua própria história”, mas creio que nunca terminei nenhum 😦

  5. Gui Stadler disse:

    @mcs

    Moco, talvez, tenha de fato se referido apenas ao sistema de batalha. Eu creio que não, mas claramente a gente interpretou de maneiras diferentes! De qualquer modo, FFXII já mudou completamente a maneira de ser do jogo. É que nem o Pedal falou aí em cima. O XII já chega no ápice de não-linearidade que um JRPG pode ter. Não chega nem perto da linearidade de um RPG ocidental, onde tu cria teu boneco do zero, mas é BEM não-linear.

    Pelo menos em minha opinião.

  6. Na verdade FF XII trouxe várias mudanças, não só no sistema de batalha. A movimentação pelo mundo é bem distinta dos demais jogos da série. A árvore de skills também é uma novidade, tal como o sistema de Hunt, que acrescentou uma longevidade monstruosa ao game.

    O fato é que, em sua esseência, continua sendo um JRPG. Trata-se de um estilo consagrado, e talvez modificar esta estrutura da maneira como a que o MCS se refere possa acabar descaracterizando a proposta como um todo. É essa linearidade que possibilita no fim das contas a criação de um enredo mais específico, com uma linha de narrativa já consagrada pela série.

    Afinal, Final Fantasy nunca foi conhecido pela liberdade de ações, mas sim pela trama envolvente, que se desenrola de maneira bastante específica e característica em praticamente todos os games da série.

  7. Lipedal disse:

    “É essa linearidade que possibilita no fim das contas a criação de um enredo mais específico, com uma linha de narrativa já consagrada pela série.”

    Exatamente o que eu acredito que diferencie o JRPG padrão de RPGs ocidentais em geral. Sacrifica-se as múltiplas opções de narrativa e progressão em benefício de uma narrativa sólida e envolvente. E acho que modificar isso pra fazer um Final Fantasy a la Mass Effect seria, claro, uma revolução na série, mas talvez descaracterizasse o jogo.

  8. Pedro Ivo disse:

    Eu não joguei FF XIII, e nem sei muita coisa sobre o jogo. Mas joguei o XII, e achei o sistema de batalhas muito fraco. Tá, foi um avanço para a franquia, mas comparado com os RPGs ocidentais (Fable, por exemplo), o sistema é muito lento.

    Exemplo: o pau tá rolando solto, teu time tá sendo atacado por um bando de criaturas monstruosas “from hell”. Aí ao invés de todo mundo ficar atando feito louco, NÃO, eles esperam calmamente a barrinha enxer para poder atacar as tais criaturas. Cara, não dá pra engolir isso. Não dá.

    • Gui Stadler disse:

      Não dá pra engolir isso se tu for esperando um jogo de Action RPG, que é o que Fable é e é o que Final Fantasy nunca foi – salvo os spin-offs feito Crystal Chronicles.

      Esse sistema de batalha é uma das características da série, e apesar de ser sido bastante alterado no XII, ainda mantém o sistema turn-based dos outros. Claro que a dinâmica e movimentação no XII dão muito mais vida à batalha, então até parece que tu tá, de fato, num esquema que pende mais pra ação mesmo, mas a verdade é que o jogo é tão turn-based quanto qualquer outro Final Fantasy. Querer comparar o sistema de batalha de Final Fantasy com um de RPG ocidental é querer comparar peito de frango grelhado com desodorante: não dá, são coisas diferentes e devem ser vistas separadas. Aliás, é esse o ponto da discussão nesses comentários: FF, por mais que seja alterado de maneira absurda, nunca deixará de ter os elementos de um JRPG.

  9. Lug disse:

    Apesar de toda essa revolução, o FFXII não me chamou muita atenção, achei que o sistema de batalha dele limitava o jogador quando você queria realmente controlar a batalha, o sistema ficou meio: anda até os bichos, espera seu grupo terminar a luta e anda até o próximo grupo de inimigos. Eu gostaria de ver tudo que vi em FFVI e FFVII em gráficos da nova geração, acho que aqueles que jogam final fantasy querem ver uma boa história, ninguém ficaria decepcionado de ligar o console e ver um sistema com turnos a moda antiga, contanto que a história fosse boa. Infelizmente não gostei muito da história do final fantasy XII e duvido muito que ela tenha marcado alguém como marcaram as histórias dos final fantasy anteriores.

  10. […] um DLC de Twilight Princess. A questão é que pensar em mudanças de Zelda é diferente de prever mudanças em Final Fantasy. Enquanto a Square já vendeu suas centenas de milhares de unidades de Chocobo Racing, pensar em um […]

Deixe um comentário