Super Mario World 2: Super Princess Peach

Ou quase isso. Na verdade Super Princess Peach só não é seqüência de Super Mario World no nome, pois é mais parecido com o clássico dos 16 bits do que sua seqüência propriamente dita, Yoshi’s Island.

É provável que Yoshi’s Island tenha recebido o pomposo título de Super Mario World 2: Yoshi’s Island puramente por uma questão de marketing. Uma coisa é vender um novo jogo com o nome de um personagem e algum substantivo, outra bem diferente é colocar nas lojas algo que tenha Mario, o nome de um personagem e algum substantivo no título. Por mais que a aventura do Mario bebê fosse diferente de Super Mario World em quase tudo, algo chamado puramente Yoshi’s Island teria tanto impacto comercial quando Wario’s Woods ou Yoshi’s Cookie, e foi por isso que Super Princess Peach não recebeu o nome que devia, esse aí que ostenta o título da resenha.

Super Princess Peach
Plataforma: DS
Data de lançamento: 27/02/2006
Produtora: Nintendo
Desenvolvedora: TOSE (cof)

Parágrafo introdutório para homens – À primeira vista, Super Princess Peach pode chocar o jogador machão que você é: a protagonista é uma fêmea não gostosa, e veste um vestido rosa. Se você se deixar levar por isso logo no começo do jogo e jogar a primeira fase com o preconceito em mente, você vai achar o jogo colorido demais, vai desligar o console e colocar o cartucho de Jackass DS. Se, por outro lado, jogar como o homem que é e não ficar com medo de virar veado por causa de uma protagonista rosa, vai achar a aventura da Princesa Peach bem parecida com Super Mario World, gráfica e estruturalmente.

Parágrafo introdutório para mulheres, caso alguma leia o NC – que jogo fofo, nossa.

A história não é lá um primor literário, mas segue o padrão dos jogos principais da série. Dessa vez, Bowser arranjou o Vibe Scepter, um cajado mágico que transforma a vibe das pessoas. Ele pode deixar alguém com raiva, triste, dançantemente alegre – entre outros -, ou transformar tudo em um caos. O rei dos Koopas escolhe a última opção, e manda uma tropa invadir o Mushroom Kingdom, deixando todo mundo doido. O exército do dinossaurão sai vitorioso, levando Mario e Luigi a tiracolo, e dessa vez cabe à princesa resgatar os encanadores, ou seja lá no que for que eles trabalham agora pra ganhar o pão entre um jogo e outro. Para isso, ela vai ter que revirar a Vibe Island, com a ajuda de seu guarda-chuva Perry, até encontrar a dupla e confrontar o chefão. Nada muito fora do normal.

A primeira semelhança com Super Mario World está nos gráficos. Enquanto Yoshi’s Island DS mantém a arte rebuscada do antecessor e New Super Mario Bros mantém o estilo antigo com gráficos 3D, Super Princess Peach usa muitos dos sprites do clássico de SNES, como os Bullet Bills e aquele dinossauros roxos que eu esqueci o nome. Alguns dos ambientes também são familiares para os fãs, como a floresta ou a casa fantasma. Claro que há novos cenários, assim como novas animações para inimigos antigos, como o Paratroopa. A equipe de arte acertou em manter o padrão de Super Mario World, mas incluindo alguns acertos de Yoshi’s Island.

A principal novidade é o sistema de vibes. Como tudo gira em torno das emoções como tristeza ou alegria, cada inimigo tem algumas variações. Um Goomba feliz dá pulinhos enquanto caminha, enquanto um raivoso dá arrancadas de surpresa e um triste corre bastante, chorando como um condenado. Vale lembrar que cada uma das variações tem sprites próprios, todos bem detalhados.

Mas as vibes não servem só para os monstrengos de Vibe Island. Perry, o guarda-chuva mágico da Peach, tem uma história obscura por trás e é capaz de alterar o humor da princesa. São quatro “poderes” que podem ser acessados pela tela de toque, e têm utilidade tanto para eliminar inimigos quanto para resolver puzzles. Usando Rage, Peach pega fogo e fica invencível, podendo queimar inimigos e outros problemas no caminho; com Joy ela pode voar de alegria, para alcançar lugares mais altos ou sugar certos obstáculos; a vibe Gloom faz com que a princesa tenha um ataque de choro e saia correndo muito mais rápido que o normal, enquanto derrama rios de lágrimas; e, por fim, o apelão Calm envolve a menina em uma bolha de paseamor, recuperando sua vida aos poucos.

É, vida. Uma das grandes diferenças em relação aos títulos clássicos da série é que há uma barra de vida, em forma de corações, como em Zelda. Há também o medidor de vibe, que limita o uso dos poderes. E aqui entra o elemento RPG: no mapa geral das fases, é possível acessar uma loja para comprar upgrades, como mais vida, ataques diferentes com o Perry ou as músicas das fases. A princípio parece uma adição estranha, até que você percebe que finalmente inventaram uma função realmente útil para as moedas coletadas com tanto esforço desde Super Mario Bros.

Falando nas músicas, aqui não há grandes destaques ou músicas memoráveis, fora dois ótimos temas nas últimas fases de Super Princess Peach, já no castelo do Bowser. Uma curiosidade interessante: a melodia é uma só para o jogo inteiro, mas arranjada de forma a criar músicas muito diferentes entre si, cada uma encaixada de acordo com o cenário. Um ritmo mais caliente para o vulcão, algo mais sombrio para a Shriek Mansion, por aí vai.

Quanto aos cenários, há oito mundos com seis fases cada, além de uma boss battle. Cada batalha dessas é precedida por um minigame que faz uso da touch screen, o que dá uma variada na jogabilidade. As ambientações variam da Planície Padrão SMW até a Cidade nas Nuvens, passando por desertos, vulcões e casas mal-assombradas, nada muito além do que estamos acostumados a ver. Em cada fase, há três Toads que devem ser resgatados para que você possa enfrentar o chefe final, além de bônus esporádicos como minigames ou músicas. Alguns desses extras podem ser complicados de se achar de primeira, mas os desafios não chegam a ser realmente difíceis.

Aliás, esse é o grande problema de Super Princess Peach. É um jogo fácil. Para jogadores como eu, que pegam um jogo pra se divertir sem ter que repetir tarefas muitas vezes, não há problema algum. Os cenários são variados, os puzzles são simples, os inimigos são bem feitos, procurar os extras pode render um replay considerável e a duração do jogo é bem aceitável, mas tudo bastante fácil, ainda mais com upgrades de vida e a habilidade Calm. Já para os que têm um espasmo de alegria a cada vez que morrem por causa de um abismo bem colocado em New Super Mario Bros, Super Princess Peach pode irritar.

A avaliação final é: Jogão. Não chega a ser um “must play”, por não acrescentar nada à série e não trazer grandes inovações aos jogos de plataforma, mas é uma ótima seqüência espiritual de Super Mario World. Super Princess Peach é um jogo que poderia tranqüilamente ter sido lançado em 1995, mas afinal quem ainda se diverte com jogos de plataforma 2D são os nostálgicos, e não o pessoal ávido por inovações. No fim das contas, a aventura da princesa peca pelo baixo nível de dificuldade, mas é só para que você possa berrar “o jogo é da Carol!” quando alguém vier perguntar o que aquilo faz no seu DS. Enfim, deixe a macheza de lado por uns instantes e dê uma chance a esse jogo fronha.

Afinal, todos nós sabemos que você sempre escolhia a princesa em Super Mario Bros 2, não adianta mais esconder.

41 Responses to Super Mario World 2: Super Princess Peach

  1. Knall Dreheit disse:

    É realmente, pelo pouco que joguei de SPP, percebi que era um jogo extremamente bem feito. Só não concordo com a parte de não ser desafiador, tomando como base o fato de que qualquer jogo 2-D é díficil para minha pessoa. Fora isso, ótimo post, e resenhe logo FPTRR.

  2. Lipedal disse:

    Essa geração 64 é foda, vou te contar.

  3. Fabio Bracht disse:

    Minha namorada fez 100% desse jogo. Todos os Toads, todos os extras, todos os upgrades, todas músicas, tudo. Até a maldita Stafi, que aparece raríssimamente e é difícil de derrotar, a menina detonou. Orgulho! 😀

    Eu terminei também, só não fiz 100%. Achei muitíssimo bacana, como tu mesmo já sabe. porque a gente já conversou sobre isso no MSN.

    Unrelated comment: eu quero muito começar a colocar reviews no Continue, só pra ver os teus reviews por lá. Tu é fodz.

  4. Sardo disse:

    ótima resenha. provavelmente testarei após terinar o new super mario
    parabéns 😉

  5. Lipedal disse:

    Curiosidade: esse foi o primeiro jogo que acabei junto com a minha irmã. Depois de terminar Top Gear 3000 com meu pai e Peter Jackson’s King Kong com a vó, joguei Super Princess Peach com a ajuda da Carol. Não cheguei a acabar 100%, mas depois que eu parei de jogar ela continuou, e se não me engano passou de todas as fases bônus pós-chefe. Esqueci de citar isso no texto, tem uma porrada de coisa depois de detonar o Bowser, muita fase nova e extras.

  6. Zack disse:

    Queria saber o site onde baixa o game

  7. Lipedal disse:

    Se você tiver um DS devidamente equipado pra rodar jogo pirata, http://ds.rom-news.org, caso contrário nem tente jogar em emulador. Ainda não saiu nenhum que preste, que eu saiba.

  8. Vinicius disse:

    Quando que sai a resenha do Jump?

  9. Lipedal disse:

    Não vai sair resenha do Jump. No máximo um Primeiro Contato curto, um mini-review, já que eu não me empolguei com o jogo. Achei Draglade muito melhor que Jump, só que Jump tem uma infinidade de personagens populares, o que conta muito mais pontos do que um jogo mal-propagandeado com bonecos criados para ele.

  10. Gui Stadler disse:

    Talvez eu resenhe Jump então.

    Jump Ultimate Stars cês tão falando, não?

  11. Lipedal disse:

    Isso. Lembrando que o Vinicius já deve ter zerado o Ultimate e o Superstars duas vezes cada, a segunda com uma mão só, e tá pedindo resenha só pra vir aqui e postar “Gui é emo” nos comentários :B

    Depois não diga que eu não avisei.

  12. Gui Stadler disse:

    Asflkasflasuashf que nada, ó. Eu gosto desses seus amiguinhos :wub:

  13. Guelerme disse:

    Bora resenhar jogos de DS que eu ganho o M3 pro meu daqui a pouco. :wub:

    Sei lá, cês sabem de algum jogo “pick-and-play” bom?

  14. Vinicius disse:

    Então faz uma resenha desse tal DragLady então.

  15. Lipedal disse:

    Então vou fazer então.

    Guelerme, depende do que é pick-and-play. Mas o termo me lembrou Cooking Mama, talvez você goste.

  16. Guelerme disse:

    Qualquer joguinho que não precise de grandes investimentos. Um Puzzle Quest da vida, por exemplo. Ou o EBA. Esses são dois que eu pretendo baixar.

    Cooking Mama eu não tenho a mínima idéia de como seja. vOv

  17. Argus disse:

    Depois de comprar o GBA eu passei a usar o Luigi em SMB2, Pedal D:

    Hã, legal a resenha, parece um ótimo jogo e tal. Quando – e se – comprar o DS com flashcard e tal vou tentar jogar.

  18. sabrina disse:

    oi eu quero muito jogar oesses jogos do super mario bros agora mesmo

  19. gabrielle disse:

    ola meu nome e gabrielle eu gosto muito de jogar mario e muito legal e relachante

  20. gabrielle disse:

    olaaaaaaaaaa gostei muito do mario
    voces que fizeram isso, parabens . Gostaria que voces mandase um jogo do mario para mim

    estou muito agradecida
    tchau
    gabrielle

  21. Ana Ligia Gomide disse:

    ESSE JOGO É UM MASIMO!!!!!!!!!!!!!!!

    ENTÃO ABAIXE E COMPRE O JOGO É MUITO MASSA

    BEIJOS

  22. mayra disse:

    sempre que procuro mario word nunca da pra joga só fica nessas coisas de escreva seu comenterio deveria dar pra jogar
    obrigado.

  23. mayra disse:

    sempre que procuro mario word nunca da pra joga só fica nessas coisas de escreva seu comenterio deveria dar pra jogar
    obrigado.

  24. Lipedal disse:

    Uhaeiuhaoeuaeh

  25. Lipedal disse:

    Óun *__*

  26. camila disse:

    eu queria saber o site para baixar o jogo.

  27. larisa disse:

    ai como isso é idiota nem tem jogo
    pensei que fosse minha ultima
    esperança se não fosse vcs
    teriam pessoas mais burras

  28. Beatriz Grassielly disse:

    Oi!!
    Só naum gostei de uma coisa
    vcs tinha que ter o jogo sem download!!
    ok??

  29. Mary disse:

    Dels do céu, isso é uma review, uma análise, não o jogo em si.

    Enfim, embora seja exageradamente fácil, o level design na minha opinião é melhor do que de New Super Mario Bros. O jogo é ótimo.

    (comentário séculos depois do post, mas.. eu quis comentar.)

  30. allanah disse:

    Esse jogo é muito legaaal , eu tenho uma nintendo DS e adoreei este jogo
    apesar dos desafios ser um pouco dificeiis tbm tenho mario party 8

    esse jogo é massa caraa eu tenho este jogo no meu WII

  31. Mas sera que em nenhum site vc vai encontra a fase em que se salva a princesa a ultima fase do jogo esses sites sao muito fracos,PELO AMOR DE DEUS sera que nao existe para vcs???ESPERO QUE TOMEM UMA PROVIDENCIA POR FAVOR ,NE?DESDE JA AGRADEÇO!

    CAROLINA CARDOSO

  32. ramon disse:

    vc nunca mudam de jogos ve se fazem um jogos legais..
    teus feias…………….

  33. ramon disse:

    vcs fedem teus filhos da puta

  34. Erica disse:

    SOcorrrrooooooooo como passo da fase 2 do mundo 2 The Baseball Boys, chega uma parte que é escura e eu nao consigo passar!!! ajudem.

  35. Priscilla disse:

    como faz pra passar da ultima fase (o bowser)

  36. Priscilla disse:

    como faz pra passar da ultima fase (o bowser)?

  37. Priscilla disse:

    do jogo “super princess peach!”

    socorro

  38. Maxmiliano disse:

    Eu acho que isso é bom,alguém aceitar que qualquer um tem um lado afeminado.Porra,acabei de vir do banheiro e levei uma topada na cadeira,que me fez capotar 9 vezes e bater a cabeça na parede.

  39. samara disse:

    eu amo a peach

  40. Super Princess Peach é um game espetacular, ao mesmo tempo que atrativo. De onde surgiu tanta criatividade da Nintendo ao criar um game tão fantástico como este?! Muito antes da princesa Peach ter seu próprio game, a grande heroína da Nintendo era Samus Aran, da série Metroid.

  41. Daniel disse:

    O jogo é muito divertido

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