Sobre sangue…

Um fato incontestável: por mais que os críticos tenham gostado de Sands of Time, o jogo não vendeu tanto quanto a Ubisoft esperava. O motivo mais provável para isso é que, apesar de todo o gostoso parkour envolvido nas armadilhas e plataformas, o sistema de batalha deixou a desejar. Começou revolucionando, mas não avançou: até o fim do game você já tinha percebido que um movimento em particular era suficiente pra derrubar quase qualquer inimigo, e então ficava só naquilo.

O que fazer quando um jogo é aclamado por seu enredo e possibilidades acrobáticas, mas não investe muito nos duelos? Melhorar os duelos, é claro. Mas a Ubisoft não quis fazer isso de uma forma comum, afinal a franquia Prince of Persia nunca foi conhecida por se repetir, ao contrário de séries como Resident Evil ou Castlevania. The Shadow and the Flame apresentou gráficos muito melhores que o original e um cenário completamente diferente, PoP 3D levou as masmorras à terceira dimensão e Sands of Time criou praticamente um novo jogo, mantendo as bases da saga. Isso precisava ser feito novamente.

Tentando evitar a mesmice e ao mesmo tempo revolucionar a mecânica de jogo de modo a obter um público maior, a produtora seguiu um raciocínio lógico que os levou de um aprimoramento nos combates a uma aventura condizente com um Príncipe sanguinolento e mais habilidoso com armas. Pronto, eles tinham a fórmula perfeita para o sucesso.

(…) mas saiba de uma coisa: sua jornada não vai acabar bem. Você não pode mudar seu destino. Nenhum homem pode.

Prince of Persia: Warrior Within
Plataformas: GC, PS2, Xbox, PC e PSP (Prince of Persia: Revelations, conversão)
Data de lançamento: Dezembro de 2004
Produtora: Ubisoft
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal

Após transformar a linha do tempo em um novelo caótico no primeiro jogo, o Príncipe da Pérsia passa a ser perseguido pelo Dahaka, uma encarnação do próprio destino enviada para eliminar o rapaz, agora sete anos mais velho e endurecido pela batalha e pela ameaça constante. Decidido a acabar com seu tormento, o Príncipe conta tudo ao seu tutor e pede conselhos sobre a Ilha do Tempo, o lugar onde as Areias do Tempo surgiram. O plano é simples: navegar até o lugar, voltar ao passado por meio de um dos inúmeros portais que, de acordo com o velho, existem por lá, e matar a Imperatriz do Tempo, de forma que as areias possam nunca ter sido criadas. Sem areias, não haveria a primeira aventura e desse modo a linha do tempo nunca teria sido estuprada pelo Príncipe, então o Dahaka não teria motivo para querer eliminá-lo. Mas nem tudo sai tão bem quanto o cara imaginava.

Warrior Within choca à primeira vista os jogadores que esperavam que Sands of Time fosse só o começo de uma série com palácios paradisíacos e narrações à Mil e Uma Noites. Já de começo nos encontramos em uma tempestade em alto-mar, com o barco do Príncipe sendo atacado e sua tripulação dizimada. Então as diferenças gritantes começam a aparecer: logo na primeira CG, a equipe gráfica mostra o quão bem eles sabem fazer bundas. Contrastando com a Farah seca de SoT, as moçoilas de WW são turbinadas. Assim, bem turbinadas, a despeito de que não existia silicone naquela época. Mas bem, areias do tempo também não existiam, então o negócio é relaxar e… aproveitar a vista.

No entanto, quando o protagonista leva uma espadada no rosto e grita “you biatch!”, alguma coisa está errada. Vejam bem: não sou daquelas velhinhas conservadoras que assistem seus netos pisoteando cabeças em Gears of War mas saem horrorizadas da sala quando escutam Marcus Fenix berrar “fuck”. Eu simplesmente acho que tudo tem um contexto. Enquanto gritar palavrões em plena guerra contra aliens no futuro pareça bem adequado, ver nosso querido Príncipe da Pérsia chamar alguém de puta há alguns mil anos destoou um pouco da premissa da série.

Graficamente, o jogo é mais detalhado que seu antecessor. O agora anti-herói tem mais polígonos, os monstros são mais bem-feitos e as armas (mais de 60, se bem me lembro) são bem diferentes uma da outra, e todas bonitas. Infelizmente, o mesmo não se pode dizer das texturas. Na tentativa de fazer um jogo sombrio, a Ubisoft cometeu uma burrada já vista antes em Doom 3: texturas completamente pretas. Elas aparecem apenas em lugares supostamente bem escuros, mas em vez de haver desenho de parede com sombreamento em cima, o pessoal poupou trabalho fazendo texturas pretas. Isso é bem visível em algumas partes do jogo, mas no geral não afeta a experiência. Só fica meio feio.

Já os cenários dividem águas. Enquanto Sands of Time e The Two Thrones apresentam cenários soberbos, bonitos e brilhantes, mas em termos de objetos se restringem ao necessário à jogabilidade, Warrior Within se preocupa muito mais com detalhes. Se você enxergar em SoT ou T2T uma borda em um muro e ainda não passou por lá, você vai passar. Já em WW, ambientado em uma fortaleza em ruínas, para onde você olhar vai ver bordas, árvores derrubadas, pilares e o diabo a quatro. O problema é que muitas vezes são apenas detalhes do cenário, então é bem comum dar uma olhadela rápida, pensar “oba, aí tem um galho” e se matar.

A câmera não ajuda nesse ponto. Se em Sands ela tinha seus defeitos e no terceiro game atingiu o nível de câmera suprema enviada dos deuses, em Warrior Within ela é difícil de ser manuseada quando o Príncipe está pendurado em algum lugar e você precisa ver pra onde vai saltar. E então entra o “galho falso” ou a “bordinha enfeite” já citados. Em um momento aconteceu da câmera resolver ficar olhando pra um ponto fixo longe de onde eu tava, com o Príncipe fora da tela, de modo que eu tive que passar daquele trecho às cegas. Mas foi só essa vez. Fora isso, o modo de visão tradicional recebeu uma bela aprimorada em relação ao primeiro jogo no quesito imersão. Cada corrida na parede é acompanhado por um zoom/deszoom cinematográfico, e é melhor ainda nas perseguições do Dahaka. Melhor do ponto de vista artístico mesmo, porque não raro você vai fugir vendo apenas o garoto de frente e o demônio atrás, tendo que simplesmente adivinhar os próximos pulos. O que não deixa de ser emocionante, se embalado por uma boa música.

Falando nisso, nos sites e revistas de games mundo afora, uma das grandes críticas foi a trilha sonora. Ao contrário das melodias arábicas tradicionais da série, a jornada desesperada do Príncipe por sua vida é embalada por uma banda de new metal. Pessoalmente, minha reclamação quanto ao som não é essa, pois achei que as novas músicas combinaram bem com o clima do jogo, sem contar que elas permaneceram com um toque arábico legal de fundo. O problema, pra mim, foi que eu simplesmente não consegui escutá-las como deveria!

Como dessa vez não há uma distinção forte entre plataforma e batalha, não tem como fazer a mesma coisa que acontecia em SoT: melodias calmas para o platforming, ritmos agitados para as brigas. Então acontece de você enxergar um inimigo sozinho em uma sala, a música começar a tocar enquanto você chega perto, o monstrinho morrer com duas pauladas e o som continuar até acabar sua duração. Você tem cinco segundos de emoção e a partir daí joga dois minutos de calmaria embalada por rock. O problema é que se você chega em um grupo cheio de inimigos quase no fim da música, você mata uns dois, ela acaba e pronto. Ficou nisso. Você passa o resto do duelo contra a monstrengada no silêncio total.

Ok, silêncio total também não. Lembra quando eu falei na resenha de Sands of Time que o Príncipe continuamente narra um pedaço da história enquanto você joga, ou dá sua opinião após uma briga braba? Dessa vez não tem esse negócio homem-aranhesco de ficar pensando sobre o que faz. Ele não pensa. Ele age. Ele puxa a espada da bainha e grita “Fuja, enquanto ainda há essa opção”, sendo respondido com “Ele não é páreo para nós!” e retrucando com “Eu não vou permitir que vocês fiquem no meu caminho!”. Outras frases de efeito aleatórias incluem:

– Você vai ter que fazer melhor do que isso.

– Posso sentir o cheiro do seu medo daqui.

– Então você quer brigar?

– Seria melhor você gastar seu tempo procurando abrigo.

– Eu estou cansando disso.

– Você devia se sentir honrado por morrer em minha espada.

– Sinta o sabor da minha lâmina.

De começo você pensa “uhh, que legal! Não tinha isso no primeiro”. Quando você começa a prestar atenção em cada uma pensa “putz, isso foi brega”. Depois que você já ouviu cada frase possível umas cinco vezes pensa “PÁRA COM ISSO, PELO AMOR DE DEUS”.

O estilo de jogo permanece o mesmo do primeiro, com algumas mudanças. Você ainda vai correr pelas paredes, pular, brincar em cordas e balançar em galhos, com a adição da cortina deslizante – um novo objeto muito inteligente pra evitar descidas demoradas e calculadas de lugares altos. Salta, finca a espada e vai. As armadilhas agora têm visual mais ameaçador, mas ainda são as mesmas: o pau espinhento, a lâmina giratória, a espada que vem na velocidade da luz e te tira o escalpo antes que você pense “hã?”, a serra da parede e os espinhos que saem do chão. Esses últimos eram a única armadilha que vinha desde o primeiro game da série, e agora passou por reformulações. Seguindo o ritmo frenético do jogo, agora o esquema é passar correndo por eles, e não caminhando, apesar de que seria bem mais divertido eu não ter avisado. Acompanhando o maior número de inimigos – que agora estão por todo lugar, e não apenas em pontos específicos de batalha – e de armadilhas, vem a decadência dos quebra-cabeças. Há dois puzzles no jogo inteiro, ambos fáceis. Em compensação há alguns chefes para derrotar, mais do que em SoT e menos do que em T2T.

Uma boa adição foi o Dahaka. Em alguns momentos você vai estar bem feliz chegando numa sala nova, perto do objetivo, e então a tela fica em preto-e-branco. É aí que o bicho pega: às vezes você tem que voltar em um minuto o caminho que levou quinze pra desbravar. As perseguições em si são ótimas, pois geralmente você não conhece o caminho “de trás pra frente”, então é tudo meio no instinto. Legal mesmo, ainda mais com a câmera subornada pelo Dahaka. O que eu realmente não gostei é a conseqüência dessas fugas. Se antes você tava perdido e começava a achar que tava no caminho certo, ao fim da perseguição você aparece em um portal do tempo lá onde Judas perdeu as botas, supostamente tendo que entrar nele por algum motivo desconhecido pra conseguir voltar ao lugar onde deveria estar. Confuso? Bem, culpe o jogo.

Os portais do tempo são outra grande novidade de WW. Em SoT as reviravoltas temporais restringiam-se a tomar uma paulada e voltar 10 segundos, mas no segundo game não é bem assim. Como o plano do Príncipe é ir para a Ilha do Tempo e voltar antes da criação das areias, para matar a Imperatriz, há muitas viagens temporais entre a antiga fortaleza, toda majestosa, e a atual, em ruínas. Esses passeios se dão por meio dos portais, lugares espalhados pelo mapa que você inevitavelmente vai encontrar de tempos em tempos e terá que entrar.

Os poderes do tempo também sofreram modificações, diminuindo um pouco o rewind e adicionando umas coisas mais “poderes” do que “tempo”. Em um deles o Príncipe solta um campo de força que derruba todo mundo, em outro solta um campo de força que mata todo mundo, mas o melhor desses é o Foda-se. Explico mais adiante. Quanto a plataformas e armadilhas, há um novo poder que torna o tempo mais devagar enquanto o Príncipe permanece na velocidade normal. Inclusive, não sei como não tinha isso em Sands of Time.

Mas a grande inovação e mote de Warrior Within é o combate refinado. Por ter passado 7 duros anos nas guerras mundo afora, o Príncipe não é mais aquele garoto indeciso que no máximo pulava contra a parede e derrubava os bichos com a espada. Agora ele desperta o açougueiro interior demonstrando técnicas de corte de todo tipo, utilizando uma ou duas armas. Como em Sands, sua lâmina principal vai trocando no decorrer da aventura, habilitando novas possibilidades, combos ou lugares, mas em vez da adaga temos uma mão livre que pode pegar as armas dos inimigos derrotados. Essa mudança garantiu o sucesso comercial do jogo, aproximando WW do estilo Ação, enquanto seu predecessor era geralmente classificado como Plataforma.

Agora no lugar da areia dos monstros desidratados temos sangue, muito sangue. Esse é outro divisor de águas. Ninguém reclama de God of War e sua quantidade anormal de sangue, por exemplo. Mas bem, isso é uma resenha de Prince of Persia: Warrior Within, e não de Warrior Within. E um PoP é sempre um PoP e deve ser analisado como tal. E eu preferia que tivesse continuado com a areia ao invés da apelação pega-público-americano. Mais ou menos como a bunda da garota na CG, mas a bunda era bonita. Como eu disse, isso é relativo: eu não vejo necessidade de sangue jorrando. Se você vê, ignore e passe para o próximo parágrafo.

Há uma lista imensa de combos envolvendo as duas armas, uma só, uma arma e uma mão, uma mão, uma espada e um pilar, por aí segue. Essa lista é acessível pelo menu, o que foi uma escolha muito feliz por parte da Ubisoft. No entanto, em certo ponto do jogo você nota que nunca vai conseguir usar os combos mais bizarros, por falta de inimigos ou por esperteza dos mesmos, e desiste. Aí, como em SoT, você se apega a um ataque curto e rápido que detona qualquer um. Esqueça também a tão falada habilidade de jogar os inimigos no cenário: você vai usar isso duas ou três vezes no decorrer da aventura, e não vai ser tão eficaz quanto dar duas espadadas bem dadas. Nos consoles os controles são ótimos, e mantêm o padrão de Sands of Time: B ataca com a espada principal, Y ataca com a secundária, A pula, X se solta ou larga espada, por aí vai. É no teclado que o bicho pega, pois agora a mão esquerda do Príncipe é tão importante quanto a direita, enquanto antes servia só pra dar o ataque especial da adaga. O padrão do PC é atacar com a segunda arma no C, o que dificulta os combos ou os joga pra escanteio, considerando que é mais fácil atacar normalmente. Dá pra mudar, mas duvido que qualquer configuração fique boa como no videogame.

A novidade a respeito da mão esquerda é que há uma variedade incrível de armas coletáveis matando inimigos ou destruindo estantes, divididas em espadas, machados, maças, adagas e as “especiais”. Destaque para essas, que apesar de não serem encontradas tão facilmente são divertidas: luva do Rayman, um flamingo, um bagulho radiativo indestrutível, por aí vai. Cada arma dessas possui um medidor de vida útil, então não é só escolher a mais bonita no começo e continuar com ela. Isso leva a uma busca frenética por armas diferentes, e tem até uma galeria de fotos pra ver quantas faltam pra pegar todas.

Ah sim, os colecionáveis. Por todo canto você encontra baús escondidos que habilitam fotos, vídeos, artwork, trailers, essas coisas. Ótimo pro fator replay, horrível pra quem gostava da linearidade de Sands of Time. Freqüentemente o jogador se depara com um objetivo vago como “Encontrar a sala da ampulheta” e vê dois, três, quatro caminhos por onde poderia seguir. “Bem, esse caminho deve ter um baú”, você pensa, e então aparece na sala da ampulheta, sem opção de voltar a não ser carregando o jogo, tendo perdido um colecionável e um Life Upgrade no caminho.

Há dois finais, e pra assistir o que dá o gancho para The Two Thrones é necessário catar todas as vidas. Então você pode não querer saber de final canônico e jogar normalmente, indo sempre pelo caminho mais óbvio, pode jogar como um bom samaritano e conseguir ver o fim verdadeiro lá pela terceira ou quarta zerada, ou pode pegar um passo-a-passo de Life Upgrades e ser feliz.

Na segunda vez que joguei fui com walkthrough de vidas mesmo só pra zerar vendo os dois finais e poder resenhar “por completo” aqui.

Agora, descritas as características de Prince of Persia: Warrior Within e seus avanços em relação ao anterior, preciso explicar o porquê de eu não ter gostado do jogo, ou então a análise ficaria incompleta e injusta. Eu tinha pensado em separar em dois posts, um só resenha e outro com os motivos pelos quais eu não gostei muito de jogar WW, mais informal e parcial. Mas achei melhor aproveitar que as memórias estão frescas e colocar tudo junto. Então, primeiramente, as falhas técnicas que me irritaram, pra não pensarem que é pura birra:

O som é completamente inconstante. Quando joguei no PC nenhuma cutscene tinha sons. Já no GC algumas funcionavam e outras não, tanto CGs como cenas normais com gráficos do jogo. De acordo com a IGN, esses problemas ocorrem no Xbox e no PS2, mas eles não chegaram a presenciar nenhum no GC. De acordo comigo e com o pessoal dos fóruns por aí a versão de PC também apresenta esses problemas. E eu tive isso com o GC também, mas não cheguei a pesquisar pra ver se mais alguém teve. Justamente por esse motivo, Warrior Within é o único jogo da série com legendas.

– A inconsistência das músicas. No PC foi mais raro, no videogame foi completamente broxante. Acreditem, ter que ficar um minuto fugindo do Dahaka sem música é muito sem graça. Tira por um momento qualquer resquício de gosto que você tinha pelo jogo. Mesma coisa com as brigas: lutar escutando só o barulho da espada ou nem mesmo o barulho da espada é de chorar.

– Falando em barulho da espada, que diabos é aquele pedaço de madeira do começo que faz “tshink” ao ser desembainhado? Será que era muito caro gravar um som de madeira na escrivaninha dos programadores?

– Aquelas texturas pretas, aquilo é horrível. Você muda a câmera, aumenta o brilho da TV, olha em primeira pessoa e não adianta. É preta.

– A bunda da Shahdee é perfeita no vídeo mas completamente quadrada dentro do jogo. Muito idiota. Que ao menos não a filmassem por trás in-game, ou não tivessem feito algo tão Keyra Agustina na primeira CG.

– WW inaugurou alguns bugs temporais que foram agravados em T2T. Como exemplo, às vezes acontece de uma plataforma desmoronar, você não correr rápido suficiente, voltar e a plataforma já estar desmoronada. Aí só morrendo e dando retry.

Os numerosos glitches que fazem você começar o jogo de novo ou ter um save mais atrasado. Acontece do cara pular um trecho do jogo do nada, um evento importante acontecer na hora errada e você ficar trancado, o evento contrário a esse último acontecer na hora errada e você também ficar trancado, mas o mais legal parece ser o “bug do pedaço de madeira”: pertinho do fim do jogo, bem pertinho, você tem que passar por uma sala por onde já passou antes. Mas dessa vez, simplesmente não há um toco onde você deveria pular. Pronto. Simples assim. Agora apaga esse save e recomeça. Daqui a 20 horas você vê se vai ter esse problema de novo ou não. Eu não tive nenhuma vez, ainda bem.

Acho que isso é defeito técnico suficiente. Então vamos às razões pessoais, sem medo de ser imparcial porque isso é o que eu achei mesmo:

– De Príncipe jovem a genérico de Wolverine. Não bom, não bom.

A substituição da narração e dos conflitos interiores por frases de efeito canastronas na hora do pau. Nem desenvolvimento de personagem não existe: entra slaughter within, vai slaughter within até o final.

– A sensação de estar completamente perdido na maior parte do tempo. É incrível que SoT e T2T são lineares, e mesmo assim sempre tem uma pessoa acompanhando você que diz “acho que a ampulheta está naquela torre”. WW é meio não-linear e não te dá dica alguma de pra onde ir. Wolvepríncipe não fala com você em momento nenhum. Apenas aparece um objetivo novo no mapa, sempre claro a ponto de te dar uma idéia do que você tem que fazer e vago a ponto de não te dar idéia alguma de pra onde ir.

– Como disse meu amigo e ex-companheiro de blog Cephiro no MSN, “é horrível não saber pra onde ir naquele merderê todo”. A maioria dos lugares serão visitados três ou quatro vezes no decorrer da aventura, mas nenhum dá aquela sensação de dever cumprido e de avançar para o próximo passo. É só pra aumentar a longevidade de um modo forçado. Sempre que você chegar em algum lugar já visitado antes, vai pensar “mas que porra é essa, como eu apareci aqui?”, seja por perseguição do Dahaka ou por rotas que você nem imaginava que desembocavam lá.

– O mapa não ajuda no problema acima. É só um negocinho artístico pra dar uma idéia do tamanho da ilha e de quanto dela você já explorou. Se quer mesmo alguma referência que preste, pega esse aqui. Eu sei, é uma zona. Mas ainda assim é mais útil que o mapa do jogo.

– A sensação de não-linearidade é um tanto falsa. Uma coisa é ser não-linear como GTA: liberdade pra ir pra onde quiser e escolher o que fazer. Outra coisa é um jogo seguir uma linha de raciocínio predeterminada, com uma história fixa, mas com salas de duas ou três saídas pra confundir sua cabeça. E então, quando você começa a gostar da sensação de liberdade e acha que tá seguindo o caminho certo, a tela fica monocromática e o Dahaka te leva pro quinto dos infernos onde tem um portal do tempo pra você ficar ainda mais perdido.

– Os portais são mais exemplos da linearidade forçada. Você em momento algum vai pensar “ah, esse pilar no passado devia ser inteiro, então vou entrar num portal, voltar aqui e subir por ele”. Você simplesmente vai chutando o caminho e de repente se depara com uma sala de viagem no tempo. Nesse momento você entra no portal e sai pra descobrir os novos caminhos. A mudança de era te leva às necessidades, e não as necessidades levam a viajar no tempo.

– Os ambientes são sem graça. Nem uma mísera sala bonita e majestosa como as de Sands of Time e de The Two Thrones. Apenas lugares semi-destruídos separados por corredores com armadilhas. Uma comparação justa pra quem já jogou os dois e tá achando minhas reclamações sem fundamento: compare a biblioteca do palácio de Azad, em SoT, com a biblioteca pessoal da Imperatriz em WW. Pode ser que a última seja maior, mas simplesmente não dá pra ver. Enquanto a biblioteca do primeiro jogo é uma sala puzzle com efeitos de luz fantásticos entrando pelas janelas e uma batalha pra esquentar os ânimos antes, na de WW você passa a maior parte do tempo olhando para as paredes, agarrado nas beiradas das ruínas pra ir de um ponto a outro da sala.

Não tem nenhum cenário bonito como os dos outros jogos. O pessoal costuma citar o Garden Waterworks nesse quesito, com sua visão do navio destruído e aquelas montanhas de textura 32×32 repetida ao infinito no fundo. É legal, mas ainda não tem como comparar com os cenários do fim de Sands of Time, com as nuvens te rodeando e uma praia visível por entre a névoa, ou a Babilônia em guerra do fim de The Two Thrones.

– Os dois finais, como já citei. Se houvesse um final alternativo pra quem gostou do jogo e quer aproveitar ao máximo o investimento, ótimo. O problema é que o final alternativo é o que você consegue se jogar normalmente. Quer saber como termina a história? Ah, então vai jogar isso aí de novo olhando cada canto possível e explorando cada caminho que dá, pra pegar todos os Life Upgrades.

A questão é que, depois de uma semana e meia acostumado com a idéia de que o jogo já tá feito e eu não podia fazer nada a respeito, a não ser acabá-lo pra ver se a coisa melhora no último, até que começou a ficar legal. Principalmente por causa dos dois melhores movimentos de batalha existentes:

– Jogar o inimigo pra fora foi uma adição e tanto. Depois de tanto vaguear e repetir os mesmos lugares e monstros, é uma bênção lutar com seis caras enfileirados ao lado de um penhasco e poder jogá-los pra baixo um a um, sem problemas maiores.

– O Foda-se. Mais um poder do tempo, derivado daquele de SoT em que os inimigos congelavam e você detonava cada um na velocidade da luz. Dessa vez é mais divertido ainda: a tela fica toda vermelha, você fica rápido como um raio e começa a espancar os botões de ataque até acabar o tempo. Legal mesmo, vou te contar. A princípio parece ser apenas um poder legal, mas você percebe a utilidade mais pro fim, quando não agüenta mais encontrar seis caras enfileirados sem penhasco por perto. Toca o Foda-se e pronto.

Bom, essa resenha ficou puta negócio gigante, bem maior que a de Sands of Time, e não é por acaso. Dava pra ter feito uma análise apenas falando mal de Warrior Within, mas seria tão injusto quanto eu copiar o verso da caixa e dizer as novidades que ele apresenta em relação ao anterior. Tentei ser imparcial na primeira parte, mostrando os prós e contras do game e suas características gerais, e no final dei minha análise técnica e pessoal. O que eu peço agora é que, caso você já tenha jogado e seja fã de Warrior Within, poste nos comentários o que discordou de mim e os motivos que te levam a gostar do jogo, ao invés de xingar a resenha e/ou minha mãe. Essa desgraça deu trabalho. A resenha.

O que constatei até agora é que quem jogou WW primeiro ou só jogou ele costuma adorar. Acho que isso acontece porque, visto isoladamente, não é um game ruim. Ele tem o platforming, tem as batalhas, tem os puzzles. Pra quem veio de jogos completamente diferentes parece ser uma ótima fórmula, mas pra quem veio de SoT é apenas uma extensão.

Sendo assim, não há uma avaliação final, e sim avaliações finais:

Dá pra alugar, olhando para Sands of Time. Caso você já tenha jogado Sands e gostado do clima, dos cenários, do final, alugue pra ter uma idéia de como é e conferir se sua opinião bate com a minha.

Jogão, olhando para Warrior Within. Não deixa de ser um bom jogo, mas não é uma obra-prima e tem uns bugs irritantes. Se você procura combos fantásticos, God of War. Se procura acrobacias e armadilhas, Sands of Time. Se procura um misto dos dois sem um ponto forte em particular, Warrior Within.

Must play, olhando para The Two Thrones. Costumo recomendar que joguem só SoT (por funcionar como um jogo separado) ou a trilogia inteira, pois a graça do último game está no equilíbrio entre os anteriores e o modo como ele conserta as pendengas entre os fãs do primeiro e do segundo. A questão é que pra aproveitar ao máximo T2T é essencial jogar WW. Passado o choque inicial você vai até acostumando, depois que se livra da idéia de que o segundo jogo deveria ter seguido os passos do primeiro. Começa a gostar das fugas, aproveitar as batalhas, sofrer no chefe, curtir o final…

… mas Warrior Within não pode mudar o destino. Nenhum jogo pode.

(continua…)

70 Responses to Sobre sangue…

  1. Guelerme disse:

    Puta resenha! \o

    Foi bem imparcial, exceto a parte da opinião pessoal, óbvio.

    E agora tem ainda o T2T. Aquele chicote lá que destrói planetas. :wub:

  2. Lipedal disse:

    Uau, achei que ninguém ia ter paciência pra ler tudo :~

    Espero que a resenha de T2T seja consideravelmente menor. Só dessa vez não vou dizer “amanhã sai”. Uma hora dessas, quando eu tiver inspirado, sai 😀

  3. Nightshadew disse:


    Agora vou ler…

  4. Lord Zero disse:

    Eu joguei T2T primeiro… Depois SoT… E depois WW… Achei todos jogaços, mas realmente o WW é o mais fraquinho.
    Mas o mais legal é o ritmo do jogo junto com o metalzão de fundo… Apaixonante!
    E de todos, o melhor é o T2T, na minha humilde opnião…

    Cephiro tá vivo? Adorava os posts dele…
    E você entra no MSN, seu Lipebosta? Cacete, hein?

    E eu li tudo :~~
    Nunca comento antes de ler tudo. Ou quase nunca.

  5. Nightshadew disse:

    Demorei para ler tudo! Agora…Dou um 6 para o jogo. Bugado e confuso? Batalha nenhuma compensa um jogo desses.

  6. Cephiro disse:

    Grande textículo que você fez pra resenha, hein, Lipeidoso.

    Comentários mais específicos por MSN.

    Ou não.

  7. Knall Dreheit disse:

    É, realmente, aquele chicote destrói planetas. Ainda mais quando você usa ele no estilo: “Ride me cowboy”, e dilacera trocentas bichos retardados, que acham legal aquele treco com pontas girando freneticamente. IA, alguém?

  8. Lipedal disse:

    Hahahhahaha, realmente. O forte da batalha do T2T é o speed kill mesmo, brigar como Dark Prince é só um espancamento legal de botões sem compromisso.

  9. Chucrutes disse:

    Puxa, ainda não tive oportunidade de jogar nem o WW nem o SoT, ja comecei direto pelo T2T…mais queria ver se achava esses 2 pra ver como é….
    Mas pela sua resenha, acho que esse WW realmente é o mais fraco da trilogia….

    Ótima resenha !

  10. bserpa disse:

    Acho que quando eu zerar SoT, provavelmente jogarei.

    Mas como só vou zerar SoT depois de zerar Hitman: Contracts…

  11. M. Bajerski disse:

    Vai se fuder felipe, resenha grande pra caralho!

    Po fico legal o texto, quando eu tiver virado todos os jogos que eu tenho e mais uns 20 que eu quero zerar aí eu tento conseguir a trilogia pra ver também. Quando eu fizer isso eu faço um comentário mais específico, por que falar pra mim sobre PoP não adianta porra nenhuma.

    PS.: Gui é emo!

  12. feroz disse:

    uau, que textão

    vou ler

  13. Adelaide disse:

    Boa resenha, não joguei nenhum dos 3, deu vontade de jogar. Tem na locadora, vou alugar, fazer backup e jogar depois… (play2)

    PS.: Gui é emo!

  14. Lipedal disse:

    Pô, deu vontade de jogar mesmo depois de toda a crítica?

    Mas bem, se for alugar e gravar, comece por Sands of Time. Depois que tiver zerado e viciado na fórmula você passa pra aprimoração técnica e degradação moral da série (Warrior Within), e então pro gran finale (The Two Thrones). Fica bom, eu garanto ^^

  15. Adelaide disse:

    Para mim as críticas funcionam como um estímulo para ver filmes, ouvir músicas e jogar.
    Se o crítico não gosta, aí que eu vou ver mesmo… ou jogar rsrs
    Nada contra o crítico, apenas aprendi ao longo da vida que, algumas vezes, já me diverti muito com o que os outros consideram chato ou ruim… Então, gosto de ler críticas e resenhas, mas nada substitui a experiência. Vivenciar e tirar minhas próprias conclusões…

  16. Adelaide disse:

    Vlw pela indicação da ordem: SoT, WW e T2T… não tinha certeza qual era.

  17. Adelaide disse:

    Ah eu gravo quase tudo… um dvd comprado em tubo de 100, sai na faixa dos 1,05… um real e cinco centavos… tenho uns 165 jogos de play2 aqui… do play1 eu tinha mais de 500 cds(O.o)…

  18. Bicho do Mato disse:

    Eita resenha grande. Mas pelo menos eu li toda diferente do jogo.
    Tava cheio de game para jogar na época e tinha bugado qdo girava algun tipo de alavanca, tipo aquilas para içar ancoras de navios antigos.
    Da para colocar um spoilerzinho em branco para poder saber como terminou essa saga?

    [PUCHAÇÃO DE SACO PARA CONSEGUIR SPOILER MODE ON]
    Parabéns pelo review![/PUCHAÇÃO DE SACO PARA CONSEGUIR SPOILERMODE OFF]

    Ta saindo o filme de Prince of Percia, e tbm o de The king of Fighter.

  19. Gui Stadler disse:

    Pô, cara, só de lembrar desse filme de Prince of PerSia que vai sair, já me dá um cagaço…=(

    Vai que fodem a série? =[

  20. Paulin disse:

    Gostei…

    Apesar de não ter jogado nenhum dos Prince of Persia novos (só o primeirão, pra 486), gostei da resenha, ficou muito bem escrita, parabéns…

    =]

  21. Vinicius disse:

    Ainda não li a resenha porque estou na aula da Andrea, vou ler depois.

    PS.: Gui é emo!

  22. M. Bajerski disse:

    Aí pessoal, vamos dar um desconto pro lipedal, ele está psicológicamente abalado. Eae felipe já encontraram o suspeito? Coitado tava chorando na aula antes!

    PS.: Cometeram um crime no cabelo dele!

  23. Gui Stadler disse:

    Eu não sou emo, seus merdas!

  24. Lipedal disse:

    Bicho do Mato, depois da resenha de T2T eu vou postar a história completa da trilogia. Em branco e tal. Mas se quiser é só olhar na Wikipedia ou então avisar aqui que eu mando um e-mail contando o fim 😛

  25. Vinicius disse:

    Gui é emo!

  26. M. Bajerski disse:

    Gui é emo!

  27. Rodrigo Exterckötter Tjäder disse:

    Gui é emo!

  28. Caio B. disse:

    Eu gostaria de acessar jogos .

  29. Lipedal disse:

    Até tu, Zerus? O paladino dos comentários com conteúdo!

    PS.: Gui é emo!

    Agora parou com isso, seus desocupados.

  30. Fabio Bracht disse:

    Gui é emo!

    Não, sério. Que puta resenha. Acho que tá aí o meu motivo subconsciente de eu ter abandonado as resenhas (e pretty much qualquer outro tipo de post) no 16-BIT. As do No Controle são muito mais fodas.

    O senhor, Lipedal, acabou de “aumentar a barra” em relação a reviews de blog, pra mim. Minha próxima só vai sair se for comparável a essa. Ou melhor.

    Por isso, esperem sentados.

    Uma única e mísera reclamaçãozinha: menos siglas, please. Na minha opinião, as siglas só devem ser usadas quando o leitor já estiver cansando de ler o nome por extenso. Sendo assim, eu acho que o certo seria só escrever “T2T” quando “The Two Thrones” já foi escrito no mínimo umas duas vezes nas últimas linhas do texto. Não cansa tanto assim, vai. Nem pra escrever, nem pra ler.

    Quanto ao jogo… nunca tive vontade de jogar nenhum deles. Nunca, em nenhum momento da minha vida. E por mais que vocês babem ovo incessantemente e descrevam como “o melhor jogo do mundo e tal”, eu acho que continuo não tendo… muita. Se aparecesse na minha frente eu jogava. Mas tendo Metroid Prime 1 e 2, Kingdom Hearts Chain of Memories e 2, God of War 2 e outros na frente, e ainda concorrendo com o monopolizante Pokémon Diamond (sério, acho que tenho jogado em média umas 3 ou 4 horas dessa porra por dia), fica MUITO difícil colocar qualquer Prince of Persia na lista de prioridades.

    Sem querer desmerecer o jogo, claro.

  31. Lipedal disse:

    Valeu pela dica, Fabio. Eu tava colocando o nome do jogo, a sigla e a palavra “jogo” na mesma proporção. Vou tentar maneirar nas siglas na resenha de T2T (rá!)

    Na minha opinião, essa trilogia não fica atrás de God of War. É tipo aqueles games cult como Ico e Beyond Good & Evil: jogaços que não perdem em nada pros mais badalados, só que não tiveram a mesma sorte.

    Mas é uma questão de prioridade mesmo. Tem um colega que deve ter jogado todo e qualquer RPG possível de SNES, aí me recomenda Star Ocean, Tales of Phantasia, por aí vai. O problema é que a lista de prioridades já tá grande 😦

  32. Gui Stadler disse:

    Só acrescentando…essas resenhas e textos grandinhos só tem um problema: É só a gente tentar fazer um post pequeno, ou com rapidinhas, que somos fuzilados. 😦

    E eu…chuif…não sou…chuif…emo…seus merdas… ='(

  33. Shogo disse:

    Gui é emo!

    E respondeu que nem o Kid – “EU NAO SOU GORDO, SEUS MERDAS!”

    rsrsrs

  34. Guelerme disse:

    O Gui não é EMO…

    Meh, é sim. 😀

    Cara, eu curto os posts rapidinhas de vocês, só que eu leio rápido pra caralho. Tipo, sabe o 5o Harry Potter(Substitua pelo O Poderoso Chefão se você for cult anal-retentivo)? Li em menos de uma tarde. Daí eu fico naquelas de “Meh, tem nada mais pra ler :-(“.

    Em outras notícias, deem uma olhada nos trailers do Odin Sphere, jogo que vai sair agora pro PS2, que parece ser foda e pode render umas rapidinhas. E o GH3 tem Rock N’ Roll All Nite, Knights of Cydonia, Sabotage, The Metal e Cult of Personality. Super :wub:

  35. Gui Stadler disse:

    Odin Sphere tou com a versão japonesa aqui, só que PoP toma todo o meu tempo livre, e ainda tem o novo Mana que saiu, o Dawn of Mana. Conteúdo pra rapidinha é o que não falta!

    Aproveitando a deixa, cês tem alguma sugestão pro blog, pessoal??

    E Fabio, me vingarei de seu comentário quando tiver com minhas mãos no Pokémon Pearl.

  36. Guelerme disse:

    Gui, caralho, beaten então. Eu tô esperando a americana sair pra baixar/comprar por 10 pila…Parece ser bem foda e tal.

    Eu tenho uma sugestão pro blog. BORA ATUALIZAR DE NOVO! 😀

    Nem, falando sério, pra mim não tem muito no que mexer não. Talvez alguns textos mais leves, mas não rapidinhas, textos tipo o do Lentômetro, que saem mais fácil que resenhas enormes, e que não são tããããão curtos. Mas, tirando isso, sei lá, nada.

    Exceto o número de atualizações. BORA TRABALHAR, ESCRAVOS! :feitor:

  37. Lord Zero disse:

    Bah, Pedáu, o meu único comentário “com conteúdo” é o primeiro referente ao post… Quiçá o segundo! Mas depois, claro que vira uma reflexão dos outros comentários.
    Há! Falei bonito!

    Guelerme… Já anunciaram alguma lista de músicas pro GH3? Ou isso são só rumores? Sou tarado por esse jogo!
    Anunciaram uma “expansão” pro GH2… O Guitar Hero Encore: Rock the 80’s… E já tem umas 15 músicas confirmadas… inclusive Skid Row! Woohoo!

    Gui… Tenho uma sugestão também… Fora essa de cima, sobre o “Lentômetro”, também seriam interessantes alguns posts Diarinho a mais. Mas não rapidinhos. De vez em quando dá um tom de humor que pega legal 😀

  38. Lipedal disse:

    Incompatibilidade de horarios e foda. To com ideia pra pelo menos dois posts aqui, Gui. Nao se desespere ainda, so nao to conseguindo falar contigo porque to morando na universidade essa semana, tem um trabalho longo.

    Nao atualizei ontem pra fazer valer o tempo que eu gastei escrevendo a resenha. Acho que hoje ou amanha consigo atualizar quando chegar em casa.

    Guelerme, ainda nao falei pro Gui, mas de minha parte os posts-padrao serao esses ai mesmo. Ate agora a gente tava classificando textos como Lentometro e Game Music como Rapidinhas, mas no fim das contas esses sao os que mantem o blog em dia 😉

    Rapidinhas agora, so se for curto mesmo.

  39. Gui Stadler disse:

    Vou atualizar hoje ainda, um tipo novo de post…vejamos se gostam. =B

  40. Guelerme disse:

    Lord Zírow: Acho que umas 8 músicas foram anunciadas pro GH3, sem contar alguma do QOTSA que foi confirmada no Rock Band e de quebra no GH3 pela RO. Dentre eles, Sabotage do Beastie Boys. FUCKIN’ SABOTAGE.

    Alice Cooper – School’s Out
    Fog Hat – Slow Ride
    Heart – Barracuda
    Kiss – Rock And Roll All Nite
    Living Colour – Cult of Personality
    Muse – Knights of Cydonia
    Smashing Pumpkins – Cherub Rock
    Tenacious D – The Metal
    The Rolling Stones – Paint It Black
    Weezer – My Name is Jonas
    Beastie Boys – Sabotage

    De modo que, UAU, é delicioso. Acho que nenhuma daí é ruim, todas são boas e algumas especialmente fodas.

  41. Gui Stadler disse:

    Porra, que bosta, Weezer. =/

    Vai ser insuportável treinar essa música no expert até tirar 5*.

  42. Guelerme disse:

    Ah, essa música aí é massa, Gui. É violãozinho e não é muito chorosa.

  43. Lord Zero disse:

    SABOTAGE! \o/ WOOHOO!!
    ROCK’N ROLL ALL NITE!
    ALICE COOPER!

    Cara, tô vendo que essa vai superar a lista do GH1…

  44. Fabio Bracht disse:

    Peraí… Gui Stadler não gosta de Weezer?

    TEJE BANIDO DO MEU MSN!!! BANIDOOOOOOO!!!!

  45. alexandre disse:

    Olá, descobri seu blog hoje, e gostei bastante. Parabéns! Coincidentemente, zerei Warrior Within hoje, depois de uma semana absorvido pelo game, e a minha opinião é a de que o jogo é animal. Não joguei Sands of Time, e talvez por isso não entenda o porquê dos fãs xiitas torcerem o nariz para esta sequência. Acho até que POP fica muito melhor sob o ponto de vista dark do que o estilo infantilóide que me parece o SOT. O game é ótimo em sua proposta de ação mesclada à aventura. Os pontos baixos ficam por conta do fato do jogo se tornar previsível e um tanto exaustivo lá pelas tantas, quando você percebe que o mote de WW é varrer o mesmo cenário várias vezes, intercalando o passado e o presente, o que acaba sendo um pé no saco. Há ainda um mecanismo que “trava” o personagem e dificulta sua progressão no jogo quando há inimigos a serem eliminados no cenário em que este se encontra. Tirando estes percalços, o jogo merece um 9 no meu critério pessoal de avaliação.

    Novamente, parabéns pelo blog, voltarei mais vezes!
    Abraços

  46. Lipedal disse:

    Pois é, cara. Geralmente quem começa a nova (agora não tão nova) trilogia por Warrior Within costuma gostar mesmo, porque afinal não é um jogo ruim. Como eu disse no texto, ainda tem as acrobacias, as armadilhas e os puzzles que fizeram de Sands of Time um clássico, mas com o combate melhorado. O mesmo deve ocorrer com a ambientação dark: você jogou Warrior Within, gostou, e não consegue imaginar como Sands fez sucesso tendo aqueles cenários coloridos e belos jardins. Gosto é gosto, mas daí a ser um jogo “infantilóide”, é um grande erro de julgamento 😉

    O mecanismo que você citou, de ter que eliminar os inimigos antes de sair da sala, é ainda pior no primeiro jogo, já que as seqüências de batalhas são bem definidas e (acho) não tem como sair delas sem acabar com todos os inimigos. O problema permanece no terceiro game.

    Já a exploração forçada de cada ambiente umas três ou quatro vezes é o ponto que mais me irritou em Warrior Within, já que eu adorei a linearidade inteligente do primeiro jogo, e The Two Thrones retomou a progressão linear, com mais cenários e menos repetição.

    Valeu pelo comentário, abraços!

  47. alexandre disse:

    Lipedal,

    acho que é por aí mesmo. Warrior Within é um jogo completamente independente de Sands of Time. É claro que o jogo poderia ter sido melhor em vários aspectos, se não fosse a afobação da Ubisoft. Mas o fato da companhia tê-lo planejado e executado em míseros 12 meses (me baseio na cronologia do lançamento de SoT em 2003, seguida por WW em 2004) é algo quase inconcebível para mim. Os caras devem ser muito bons mesmo. Devo ter sido equivocado ao rotular SoT, até pelo fato de que apesar de tê-lo visto, não o joguei. É que a proposta dos dois títulos é antagônica, o que me deixou com a sensação de que Sot era mais um daqueles jogos “para toda a família”. E numa época em que Winning Eleven 11 é criticado antes de seu lançamento oficial por supostamente conter um mecanismo de simulação de pênaltis, o que contraria o ideário de fair-play da Fifa, jogos politicamente corretos acabam atraíndo minha antipatia. De qualquer forma, ainda pretendo fechar a trilogia num futuro próximo; no momento, estou curtindo a ressaca de Warrior Within. Mudando um pouco de assunto, vi aqui mesmo uma pré-resenha de Assassin´s Creed. Procurei no youtube por alguns previews do jogo e fiquei absolutamente fascinado, é o game pelo qual eu esperei a minha vida inteira.
    Lembro de quando vi Colateral, com Cruise e Foxx, e pensei que um jogo onde você encarnasse o papel de um assassino profissional em Los Angeles ao melhor estilo Metal Gear Solid, com toda a sutileza e discrição necessárias ao personagem seria simplesmente fabuloso. Ambientado na Idade Média, com as idiossincrasias características de Prince of Persia, com um sistema original de interação com os ambientes e personagens, além de um toque genuíno de Solid Snake, então… Assassin´s Creed me parece bem mais próximo do real que o mundo fantasista da trilogia Prince of Persia. Espero mesmo que a Ubisoft não estrague tudo com um game ao estilo “mate todos os inimigos que aparecerem no cenário e vire à direita”. Espero por um jogo estratégico e não de ação desenfreada. Vamos ver no que vai dar.

    Abraço

  48. Lipedal disse:

    Assassin’s Creed realmente promete muito. Enquanto isso, se você quer um assassino mais contemporâneo, tente algum da série Hitman (mas só do 2 em diante), é mais ou menos a mesma premissa mas não na Idade Média. Isso foi o que me empolgou em Assassin’s: a estratégia de Hitman/Snake com a agilidade do Príncipe. Agora é rezar pra que a Ubisoft não faça bobagem e que saia como todos esperamos mesmo 😀

    Abraço!

  49. ana carolina disse:

    Eu queria codigos do PRINCE OF PERSIA WARRIOR WINTHIN todos os que tiver disponiveis POR FAVOR

  50. ana carolina disse:

    cade us codigo!

  51. ana carolina disse:

    quero os codigos rapido do jogo prince of persia warrior winthin

  52. Lipedal disse:

    Minha filha, o gamefaqs me disse que não tem códigos pra isso, então conforme-se em jogar na raça.

  53. Revan disse:

    Bem, qdo eu estava lendo o “Sobre Sangue…”, achei que vc queria detonar o WW, mas não é bem assim; eu já zerei o SoT, o WW e o T2T, e na minha opinão o segundo é o melhor. Mas todos têm seus defeitos, não se pode negar. Aquele troço da câmera que vc falou é uma bosta mesmo.

    Se vc quiser saber onde estão as armas secundárias “especiais” (miscelaneous), é só perguntar…

    XD

  54. Lipedal disse:

    Eis uma opinião válida, de quem jogou os três e achou o segundo melhor. Ainda não tinha visto esse caso, o pessoal que eu falei se dividia em jogar os três e gostar de SoT, ou jogar WW e gostar de WW. Agora vi que não é bem assim 😀

    A melhor câmera sem dúvidas é a de T2T. Aquilo lá é incrível, ela nunca fica “presa”, nunca buga, nunca te deixa sem ver alguma parte essencial do cenário, responde bem ao controle…

    Quanto às armas secundárias, peguei só a luva do Rayman e aquela arma brilhante invencível sugadora de vida. Depois que peguei essa não larguei mais!

    Só uma pergunta: em que ordem você jogou os jogos? Quero ver se minha teoria é completamente infundada ou se ainda tenho esperanças 😛

  55. Anomas disse:

    Bom, eu comecei pelo WW, pq qnd fiquei sabendo da série, os rgahficos do sands of time já pareciam extremamente velhos, mas jah joguei esse tbm e to no meio do T2T.

    Oq me irrita no WW são os bugs… aquele negócio de sair pela porta da mechanical tower e nao ter as plataformas pra descer, do último portal do jogo não funcionar e outras coisas assim que fazem você começar de novo… e outros bugs menores, como os problemas de música e som, e a câmera que não ajuda muito, também não ficam tanto pra trás.

    Sincerament,e eu acho que WW sem bugs seria um excelente jogo, mesmo dentro da série. Po o cara tá sendo caçado a sete anos por um bixo imortal, sem tempo de comer, durmir ou trepar. Eu também chamaria aquela mina de puta =p E o estilo musical e artístico dele são um alívio dos outros dois jogos. A id´peia da série é boa, mas três jogos no mesmo estilo seria extremamente massante. O do jeito que o príncipe tava no segundo jogo, uma musiquinha arábica não ia funcionar bem.

    Por outro ladoi, já acho T2T o melhor, mesmo sem ter zerado ainda… ele é um excelente mix dos outros dois, levando ao máximo seus pontos fortes e acabando com o irritante problema da câmera, que é um ponto muito complicado mesmo num jogo 3d cheio de paredes.

    Por sinal, muito boa sua resenha. O humor espontâneo ajuda bastante na longa leitura, as opiniões são válidas e sinceras., nenhum problema o texto ser longo, desde que não seja longo por enrolação =p

    Só por curiosidade, eu achei teu blog procurando por imagens do warrior within no google. Não me pergunte como.

  56. Lipedal disse:

    Opa Anomas, valeu pelo comentário 😀

    Apesar de não ter gostado de Warrior Within, como deixei claro na resenha, concordo com tudo o que você disse. Talvez se o segundo mantivesse o padrão do primeiro, o terceiro já ia ser enjoativo. Como o segundo quebrou a estrutura que parecia que ia surgir a partir de Sands of Time, The Two Thrones serviu como um “alívio”. A música e o clima servem para complementar isso.

    E a câmera do T2T, sem comparações uaheuaheu

    Novamente, obrigado pelo comentário e pelos elogios. É esse tipo de público que dá vontade de escrever mais 😀

  57. Gershon disse:

    Eu gosto imenso deste jogo prince of persia. Infelizmente só joguei the two thrones. Não sabia da história do principe, da farah, do maharajah ou da kaeleena. Joguei-o aproveitando cada minuto e segundo e no percorrer do jogo, compreendi a história. Coisa que só a UBISOFT sabe fazer. Lembrar os factos passados da vida do principe. Nota 10 gráficamente falando.
    Nota 10 sonoricamente
    Nota 10 jogabilidade.
    Melhor dos jogos que já joguei conclusão

  58. Gershon disse:

    jogo incomparável. os combos do the two thrones são perfeitamente perfeitos.
    Parece ser algo como capoeira e le parkour e outras artes.
    Depois da minha PS2 ter estragado, quando eu assistia samurai champloo, e via Mugen lutando, dava uma vontade danada de jogar de novo.
    Não me importo com a PS3. Para mim ela não é nada. Os melhores jogos e histórias estão na PS2. ATT: Essa é prá quem diz que jogando não se aprende nada.
    Eu era meio burro, mas depois de ter jogado Prince of Persia the two thrones, estou a escrever uma história baseiada nele. E já vou contratar uma editora. O PRÍNCIPE NEGRO.

  59. Gershon disse:

    Estou a escrever um livro baseado em PRINCE OF PERSIA THE TWO THRONES
    Com o título de O PRÍNCIPE NEGRO.
    ATT Baseado. Não é imitado. ESSE JOGO É D+ vejo que valeu a pena jogá-lo .
    God of war1 e 2 não podem com price of persia. Abraço ao criador deste espaço. continua. PRINCE OF PERSIA 4 não gostei. não tm nada a ver com o the two thrones. nota111111111111111111111111111111111111111111000000000000000

  60. Neto disse:

    OMG..Só joguei o WW mas deu pra perceber os inumeros bugs, descobri um pra matar kaillena, se ela tive com life em uns 90% o cara usa o bug ai desce pra uns 40%, mas valeu a pena, foi dias e noites, passei semanas jogando, passava horas pra sair dos lugares, auhuas acho que estou exagerando, na quele tempo n tinha oque fazer ficava jogando =D (Li a resenha inteira =P meus olhos estão cansados)

  61. Diego disse:

    Ai galera vo6 pode me dizer como eu faço para aumentar o sangue vlw..
    po eu zerei
    com o sangue pequenininho
    mas consegui zerar.
    vlw gente

  62. Gabriel disse:

    oi au guem sabe algumas combinaçao de golpes por favor me ajude

  63. gabriel disse:

    vc sja jogaram doom 3 o jogo e muito bom mete muito medo

  64. Bruno Alysson disse:

    Eita Lipedal a primeira vez q visito algum site que tenha varios comentarios bons e LONGOS….rsrsrsrs
    adorei a critica do Warrior Within apesar dele ser quase o meu preferido…
    o mais legal que axo ou e o SOT ou T2T….
    mas sua Critica ta muito boa,e para quem e fan do WW
    a critica nao magoa rsrsrss
    ei me add no msn bruno.alyson.batista@hotmail.com

  65. Bruno Alysson disse:

    Caralho…
    agora que estou vendo a data do topico….rsrsrsrs
    2009 para 2011 PUTZ!

  66. […] de quando jogava Prince of Persia: Warrior Within e ficava impressionado com as animações em CG que contavam a história do jogo, e imaginava como […]

  67. phf o melhor disse:

    cara que analise otima foi bem detalhada vc teve uma grande vontade de fazela

    nessa analise grande parece ate o detonado do jogo grandao

    o jogo e bom mas nao se compara aos outros

    eu ouvi rock num jogo da arabia ta tirando ne

    mas parabens pela analise gostei muito

  68. gta videos disse:

     La Mayoria De la texto se halla blogueada de manera
    patente y directa. Esse blog resulta de lo mejor que he hallado
    en casi todo internte. Mis Sinceras Felicitaciones.

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